A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos determinou um recall a partir do dia 17 de novembro no modelo do transponder utilizado em mais de mil modelos de avião, inclusive do Legacy envolvido no desastre com o vôo 1907 da Gol.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o defeito no aparelho provoca a perda de contato com o controle de tráfego aéreo em terra e afeta o funcionamento do sistema anticolisão. O transponder do Legacy estava inoperante no trecho entre Brasília e a Serra do Cachimbo, local do acidente. Especula-se que o dispositivo tenha falhado ou que os pilotos tenham deliberadamente desligado o mesmo.
Segundo o jornal, um contato com a Embraer, fabricante do Legacy, foi tentado nesta sexta-feira, mas sem sucesso. O transponder é responsável pela transmissão dos dados do avião para o controle de tráfego.
A FAA determinou uma diretriz alertando que "o transponder (pode) incorretamente entrar no modo stand-by se a tripulação levar mais de cinco segundos usando o botão giratório da unidade de rádio para mudar seu código de controle aéreo. Estamos emitindo essa diretriz para evitar que o transporte dessa unidade de comunicação entre em modo stand-by, o que pode aumentar o trabalho da tripulação e resultar no funcionamento impróprio do Sistema de Alerta de Tráfego Anticolisão".
Caso o piloto do Legacy tenha mexido no botão do rádio que identifica o número da aeronave que aparece nos radares de terra, ele pode ter posto o transponder no modo inativo. Não há nenhum alerta sonoro quando isso acontece.
Segundo a Folha de S.Paulo, a FAA cita a Embraer no texto da diretiva dizendo que a empresa "sustenta que a perda do transponder não provoca um risco tão grande que justifique um prazo tão urgente", referindo-se aos cinco dias para o recall determinado pela FAA. Segundo a FAA, a empresa brasileira teria pedido um mês para a mudança no transponder dos aparelhos. A FAA aceitou o prazo de 14 dias.
