Ex-agente processa a CIA por censurar seu livro de memórias

O homem que durante anos liderou a busca de Osama bin Laden pela CIA no Afeganistão decidiu mover uma ação contra a agência de inteligência norte-americana, afirmando que o órgão censurou seu livro de memórias –na obra, o ex-agente relata a busca pelo líder da Al Qaeda.

O ex-agente da CIA Gary Berntsen renunciou no ano passado a seu trabalho, após 23 anos de atividade, e publicou o livro "Jawbreaker", que conta episódios da caça de Bin Laden pelo grupo que liderou no Afeganistão.

Por ser ex-agente da CIA, seu trabalho teve de passar pelo crivo de um escritório da agência de inteligência, que avaliou as informações contidas no livro. Segundo Bernsten, seu relato foi vítima de censura ilegítima decidida, como forma de represália, por um ex-dirigente da CIA, Kyle "Dusty" Foggo.

Bernsten disse ao jornal "Washington Post" que foi alvo de ameaças explícitas por parte de Foggo, que queria evitar a publicação de mais um livro de um ex-agente secreto.

De acordo com Bernsten, mais de 70 páginas das aproximadamente 400 do manuscrito inicial foram censuradas pela CIA, ainda que contassem fatos já descritos em outros livros análogos, entre os quais um volume escrito pelo ex-chefe da "Seção Bin Laden" da agência, Gary Schroen, que descrevia em detalhes a operação de Bernsten.

O ex-agente secreto pretende processar a CIA acusando-a de ter violado a primeira emenda da Constituição, que tutela a liberdade de expressão.

Fonte: Folha

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