Mais um golpista deixa população do Benedito Bentes no prejuízo

Esta seria a terceira edição do bloco que reúne centenas de pessoas no Benedito Bentes. O “Tô nem aí” sairia às ruas na tarde de hoje com a apresentação da banda baiana, Harmonia do Samba, se não fosse uma farsa. Um dos organizadores vendeu os abadás, prometendo o show, mas embolsou o dinheiro e fugiu.

O acusado é Alan Pierre, um dos líderes comunitários do bairro e durante muito tempo, militante da União Estadual de Secundaristas de Alagoas (UESA). Segundo os moradores, que compraram o abadá, ele estaria vendendo a camisa e promete o show há alguns meses e hoje, quando deveria estar tudo pronto, não havia movimentação no local e ele havia sumido com o dinheiro.

A população revoltada foi a casa de Pierre, localizada na avenida Pratagy, no Benedito Bentes I, ameaçando quebrar tudo e atear fogo. A Polícia também foi chamada ao local para conter os furiosos e tentar localizar o paradeiro do “caloteiro”, mas não obteve respostas.

Caso parecido ocorreu no ano passado, quando cerca de quatro mil pessoas foram vítimas de um suposto golpe que envolveu a venda de abadás para um bloco que desfilaria no dia 17 de novembro, durante um evento chamado Benedito Bentes Fest. Os organizadores do bloco chegaram a distribuir perto de mil kits (bolsa e abadá) dois dia antes, mas na manhã do evento alegaram que o material havia acabado e desapareceram.

Na ocasião uma multidão, composta principalmente por jovens, ao tomar conhecimento do sumiço dos organizadores, cercou a casa de festas La Fiesta, na Avenida Pratagy, uma das mais movimentadas do conjunto, onde os kits eram distribuídos e ameaçou depredar o local, que fora alugado para a distribuição dos abadas, mas a Polícia conseguiu conter os manifestantes e evitar quebra-quebra.

O acusado, Wesley Calixto, prometia entre as atrações, as bandas “É o Tchan” e "Patchanka", além do cantor Julinho Porradão e ainda levou o trio elétrico Anaconda ao Benedito Bentes, ontem pela manhã, mas acabou indo embora diante da confusão que se formou com a notícia de que não haveria mais o desfile.

A população não entende porque este tipo de golpe vem acontecendo com freqüência e acredita que a comunidade não irá mais acreditar nos eventos locais. “Depois deste, não dá mais para confiar em nenhum desses eventos. Quando anunciarem qualquer coisa, ninguém mais vai comprar”, disse uma das moradoras da bairro, Rosa Ferreira.

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