Polícia Civil prendeu seqüestrador há mais de 20 dias, mas não sabia

Um ato inusitado por parte da Polícia Civil de Alagoas. O suspeito de atuar em seqüestros na região de Marechal Deodoro, Carlos Roberto da Silva, se encontrava preso na carceragem do 11° Distrito Policial, no bairro do Clima Bom.

O problema é que a própria Polícia Civil não sabia da prisão do suspeito de participar do seqüestro do empresário Linaldo Albuquerque, ocorrido em julho deste ano. Carlos Roberto foi reconhecido pelo comparsa, Erivaldo Camilo, 29, logo após este ser preso. Erivaldo Camilo foi preso no dia 11 de outubro de 2006 pelo delegado de Marechal Deodoro, Edésio Costa.

Como pode a Polícia Civil de Alagoas prender alguém sem saber quem é? O próprio diretor-geral da entidade, Robervaldo Davino, explica: “Carlos Roberto foi preso com identidade falsa. No documento ele era Paulo Batista da Silva. No momento em que foi abordado pela equipe policial ele se encontrava com armas de fogo e foi detido por porte ilegal e não pelo seqüestro”.

O fato é que Erivaldo Camilo deu uma “mãozinha” à Polícia Civil e apontou o comparsa. Davino diz que o fato ocorreu por uma falta de cuidado da delegacia em checar a veracidade da documentação do suspeito preso. “Inclusive, as identidades emitidas depois de 2003 mudaram. Elas vêm com a inscrição do Instituto de Identificação Mário Pedro. É preciso que as pessoas estejam atentas a isto. Por esta razão, estou divulgando. Se for de 2003 e não tiver o nome do instituto, a carteira é falsa”, destaca.

Carlos Roberto pode até ser o primeiro bandido a ser preso, já dentro da prisão. No entanto, não há motivo de orgulho para ele, por conta disto, já que sai do crime de porte ilegal e agora vai responder por seqüestro. A Polícia Civil investiga agora a participação do suspeito em demais crimes.

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