Comércio de Alagoas é o terceiro do Brasil, em volume de vendas

Os comerciantes que vendem produtos populares comemoram o aumento das vendas em Alagoas – desde março de 2004, as taxas são positivas e maiores que o índice brasileiro.

A última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o volume de vendas do comércio varejista do país registrou alta de 2,32% em agosto, na comparação com julho. Mas em Alagoas, o crescimento foi de 6,21%, o terceiro maior índice do Brasil – atrás apenas de Tocantins (8,46%) e Maranhão (7,76%).

A Pesquisa Mensal do Comércio mostra ainda que, nos primeiros oito meses do ano, o crescimento é de 5,3%. E que o resultado positivo de agosto interrompe dois meses consecutivos de queda – em junho a baixa foi de 0,42% e, em julho, de 0,56%.

Entretanto, em Alagoas, as taxas são positivas e maiores que as brasileiras. No volume de vendas, o Estado tem a quinta colocação na comparação agosto06/agosto05, com variação de 16,57%.

De acordo com o economista Cícero Péricles, os índices podem ser explicados por vários fatores, todos ligados à influência que tem na população das classes C, D e E; dois deles são a baixa da inflação e o aumento do salário mínimo. “São 29 meses seguidos de inflação baixa e, em quatro anos, o poder de compra do salário mínimo dobrou, com três aumentos”, explicou o economista.

Outro fator é o aumento das pessoas atendidas pelo Programa Bolsa Família, que são 340 mil em Alagoas, movimentando cerca de R$ 22 milhões por mês. Já a Previdência Social atende cerca de 30 mil pessoas, que movimentam algo próximo a R$ 10 milhões todo mês.

“O aumento nas vendas também é influenciado pelo crédito consignado, que concede cerca de R$ 200 milhões para pessoas pobres todo mês. E o crescimento da economia brasileira também influencia indiretamente tudo isso, que favorece o grande movimento do segmento popular”, analisou Péricles.

Exemplo do bom índice de vendas é a comerciante Maria Cícera, proprietária da loja Dadá Modas, que fica no comércio. Há cerca de 15 anos, ela começou o negócio e agora tem quatro lojas. “Comecei como camelô e fui investindo. Muita gente começou com pouco, aqui no comércio, e agora tem sua lojinha”, contou.

Empregos

A geração de empregos formais totalizou 176.735 no mês passado, o que representa um crescimento de 0,63% em um mês no total de pessoas com carteira assinada no país –de 27,263 milhões em agosto para 27,44 milhões em setembro.

Os dados foram divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e mostram que, a maior geração ocorreu em São Paulo (50.373 empregos formais) e, logo em seguida, Alagoas (27.469).

Uma das explicações para a geração de empregos é a safra da cana-de-açúcar, que teve início na segunda quinzena de setembro e deve terminar na primeira quinzena de março. De acordo com dados da Delegacia Regional do Trabalho, a média de contratação no período de safra da cana-de-açúcar é de 50 mil trabalhadores.

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