Os juizes que compõem o Núcleo de Combate ao Crime Organizado de Alagoas, decidiram adiar o depoimento do ex-tenente coronel Manoel Cavalcante, que seria realizada na tarde de hoje, no Tribunal de Justiça (TJ).
Segundo a assessoria de comunicação do TJ, a prioridade agora é ouvir os juizes Marcelo Tadeu, Helder Loureiro e Jerônimo Roberto, que estavam com os processos de Cavalcante e que teriam sofrido ameaças de integrantes da gangue fardada em Alagoas liderada pelo ex-militar.
O prazo para que os magistrados e o acusado sejam ouvidos ainda não foi definido e as negociações para a transferência de Cavalcante para Santa Catarina e Minas Gerais foram suspensas.
Entretanto, o porta-voz do Núcleo, o juiz Diógenes Tenório, acredita que, em até dez dias, os juízes sejam ouvidos e o Núcleo decida sobre a transferência de Cavalcante para outro Estado.
Cavalcante foi transferido para Maceió no dia 18 de outubro, por decisão do juiz de Execuções Penais de Pernambuco e havia a possibilidade de ser levado para o Presídio Federal de Catanduva, mas a cúpula da Segurança Pública de Alagoas afirmou ter condições de manter o ex-militar no Estado.
Em dezembro, o ex-militar poderá ir a julgamento pelo assassinato de Êto, ex-vigilante que foi executado em uma suposta queima de arquivo por determinação de Cavalcante.
