Promotora passa mal e não acusa matador do avô dela

Olho D´Agua das Flores – A manhã da quinta-feira (9) amanheceu tensa e o nevoeiro sobre a cidade ajudou no clima de suspense; era dia de a sociedade julgar o suplente de vereador Milton Roberto, acusado de ter mandado matar o vereador José Dória de Souza, titular da vaga.

Era dia mais que especial para a promotora Carla Ferreira Dória de Lima, assistente da acusação; além de participar do júri, ela estaria pela primeira vez frente a frente com o homem que mandou matar seu avô – segundo os autos e, mais tarde, o entendimento dos jurados. Mas, a promotora não suportou, passou mal e se retirou do júri; ele preferiu saber do resultado depois.

Falta energia

O júri começou às 9 horas da quinta-feira e terminou perto de 2 horas da manhã dessa sexta-feira (10), quando o juiz Durval Mendonça leu a sentença final condenando o suplente de vereador a 10 anos e dez meses de prisão em regime fechado.

O crime foi praticado no 31 de março de 2005 e os dois pistoleiros – Lausio Lourenço e Gilmar Alves – foram condenados a 19 e 18 anos de cadeia, respectivamente, mas um deles (Lausio) fugiu do presídio em Maceió.

Aos primeiros raios do sol a cidade se agitou com a movimentação de policiais em trajes de combate; chegou a faltar energia na cidade e a explicação foi a sobrecarga no consumo que não estava prevista.

O réu negou ter contratado a morte do vereador e acusou o próprio irmão, Claudemir Silva Roberto, contando sobre um relacionamento amoroso da vítima com uma jovem que também era disputada por Claudemir, seu irmão.

A acusação, a cargo do promotor Luis Tenório de Oliveira, entendeu a manobra e sustentou a tese da autoria do crime com base nas confissões das testemunhas e nas evidências; o suplente cobiçava a vaga do titular.

Lida a condenação, o suplente de vereador foi trazido para Maceió; ele vai cumprir pena no Presídio Baldomero Cavalcante, de onde um dos pistoleiros (Lausio) fugiu em julho passado.

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