Universitários têm acesso a equipamento de mais de R$ 1 milhão

O Instituto de Química e Biotecnologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) passa a contar, a partir de agora, com um espectrômetro de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 400 Mhz. O equipamento, estimado em R$ 1,1 milhão, instalado no laboratório de RMN especialmente preparada para seu funcionamento, vai possibilitar um melhor desempenho nos trabalhos de pesquisa nos níveis de iniciação científica e pós-graduação, mestrado e doutorado do Instituto de Química da Ufal.

Com o funcionamento do equipamento, segundo o vice-reitor da Ufal profº Eurico Lobo, o Instituto de Química passa a integrar um seleto grupo no Brasil de laboratórios científicos em condições de identificar e caracterizar as estruturas das mais complexas substâncias químicas de origem vegetal ou sintética.

“Com isso, contribuirá para a formação de recursos humanos altamente qualificados, na consolidação de grupos de pesquisas e na busca da excelência acadêmica”, enfatiza.

Vanguarda

Ainda, segundo Eurico Lobo, a atual gestão desenvolveu um intenso trabalho de articulação política com as entidades parceiras (MCT, CNPq, Infraero, entre outros) superando entraves técnicos e burocráticos, permitindo assim, colocar o equipamento à disposição da comunidade acadêmica da Ufal, destacando ainda a instituição na vanguarda da pesquisa em química no Brasil.

De acordo com informação do coordenador do Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear da Ufal, Edson Bento, o novo equipamento adquirido pela Universidade tem como objetivo a elucidação estrutural de substâncias químicas, isoladas de plantas ou produtos de síntese que necessitam do conhecimento de sua estrutura química.

Entre as linhas de pesquisas que atualmente são realizadas pelo Departamento de Química da Ufal, destacam-se: Química de Produtos Naturais, Ecologia Química, Eletroquímica Orgânica, Síntese Orgânica, Síntese Organometálica e Catálise, Oleoquímica, Química de Petróleo, entre outras.

Pesquisas

Alunos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) da Ufal já iniciaram, este mês, pesquisas na área de Ressonância Magnética Nuclear visando a determinação da estrutura química de substâncias preparadas em laboratórios por meio de processo de síntese.

Cerca de setenta alunos do Instituto de Química estão envolvidos diretamente em pesquisas, distribuídos em dez laboratórios no Campus da Ufal. “Antes, enviávamos amostras para a realização dos experimentos e, às vezes, até pesquisadores a outros centros do Nordeste e do Sul do país”, afirma o professor Edson Bento. Segundo explica, tal procedimento retardava os resultados dos experimentos e, conseqüentemente, o desenvolvimento da pesquisa.

Maria dos Prazeres Menezes e Carla Valéria Fontes, estudantes do 2º ano de Química, informaram que sem o equipamento não conseguiriam encontrar a estrutura final da molécula, muito menos refazer o experimento com maior perfeição por não ter acesso.

“A situação agora é favorável. Antes a amostra levava 60 dias para o resultado final dos experimentos, e hoje esse prazo se resume a 48 horas”, comemora Valéria.

Manutenção

De acordo com informação do professor Edson Bento, responsável pelo laboratório, um técnico do Instituto de Química da Ufal está sendo treinado para o manuseio e dá manutenção ao equipamento.

A manutenção do equipamento é efetuada semanalmente com recarga de nitrogênio líquido, e semestralmente, com recarga de hélio líquido. “São procedimentos delicados e que requer uma técnica apurada”, reconhece Bento. Segundo ele, o custo da manutenção alcança R$ 26 mil/ano.

Fonte: Assessoria

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