Renan pede apoio do PDT na disputa pela presidência do Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deu início nos bastidores às articulações para a sua reeleição à presidência do Senado Federal em fevereiro. Durante encontro nesta tarde com o presidente do PDT, Carlos Lupi, Renan pediu o apoio do partido na disputa pela presidência do Senado.

"Ele nos colocou a sua disposição de continuar sendo presidente do Senado e o interesse para o PDT apoiá-lo. Vamos conversar com nossos senadores", disse Lupi.

O presidente do PDT afirmou que o partido também vai conversar institucionalmente com o senador José Agripino Maia (RN), líder do PFL no Senado, que também disputa nos bastidores a indicação para presidir a Casa. "Vamos ouvir o senador Agripino que também deseja essa função. Democraticamente vamos decidir. O Renan colocou que quer parceria com o PDT e a importância do partido estar do lado dele. Mas eu não ouvi o outro lado, tenho que ouvir", disse.

Nos bastidores, o PMDB e o PFL travam uma batalha silenciosa pela presidência do Senado. O PFL conseguiu eleger proporcionalmente a maior bancada para a próxima legislatura, com 18 senadores. Mas superou o PMDB em apenas um senador. Como os peemedebistas esperem a adesão de pelo menos três parlamentares de outros partidos à legenda, reivindicam a presidência da Casa.

Câmara

A disputa acirrada entre os partidos também deve se repetir na Câmara. Pela tradição do Congresso Nacional, o PMDB teria direito a indicar o presidente da Casa, já que conseguiu eleger a maior bancada (87 deputados). O PT ficou logo atrás, com 83 deputados eleitos.

Neste final de semana, os petistas sinalizaram que pretendem deixar a tradição de lado e lançar o nome do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Casa. Depois de reunião com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), o presidente do partido, Marco Aurélio Garcia, disse que o PT vai respeitar um nome que seja consenso entre a base aliada do governo.

Nos bastidores, o presidente Lula articula a reeleição do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara.

O PMDB, no entanto, pretende também reivindicar a presidência do Senado. A oposição ainda não descarta lançar um nome para a disputa. Outros partidos, como o PDT, também estudam entrar na corrida pela presidência da Câmara.

"De repente, o PDT pode lançar candidatura própria. Tem gente que pensa assim, mas não está configurada a decisão. Nomes não nos faltam para isso. Se caminhar para candidatura própria, o partido terá um nome, e o nome do Miro [Teixeira] é muito bom nessa função", afirmou Lupi.

Fonte: Folha Online

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