Um novo laudo aponta que a suposta carta de suicídio da mãe de Bernardo, Odilaine Boldrini, foi forjada. A conclusão é de Marco Batista, perito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que investiga o caso a pedido da Record. A mulher teria se suicidado em 2010.
Segundo o perito, Andressa Vagner, secretária do médico Leandro Boldrini, foi quem escreveu a carta. Ele chegou a esta conclusão depois de comparar a carta de suicídio com fotos de anotações do médico que foram apreendidas durante a investigação.
Alguns trechos mostram que principalmente as letras “E”, “L” e “D” são praticamente idênticas nos dois documentos.
— [Na carta] ela está tentando modificar [as letras]. Ou seja, está tentando falsificar na realidade a grafia da Odilaine, mas ela não consegue porque a pessoa tem as características individuais.
O laudo deve provocar uma reviravolta no processo arquivado desde 2010 como suicídio. A família da mãe de Bernardo pediu três vezes a reabertura do caso, mas o Judiciário aguarda uma posição do Ministério Público. Com este novo elemento, o perito está certo de que Odilaine não cometeu suicídio.
— No local, existiam três pessoas e não duas. A Odilaine, o médico e uma terceira pessoa. Isso não remete a suicídio, mas a homicídio.
