Trio KGB faz sucesso no Bahia e intimida adversários com ‘Guerra Fria’

A brincadeira feita por torcedores se tornou um viral na internet (reprodução)
A brincadeira feita por torcedores se tornou um viral na internet (reprodução)

Nada de MSN (Messi, Suárez e Neymar). Ou mesmo BBC (Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo). O trio que dita o ritmo na Fonte Nova e intimida os adversários é o KGB, formado por Kieza, Gamalho e Biancucchi. Não acredita? É melhor acreditar, caso contrário, “prepara-se para a Guerra Fria”, como brinca a torcida do Bahia, em alusão ao serviço secreto da antiga União Soviética, criado na década de 50.

O Sport com certeza está ciente das ‘armas’ tricolores.

O time da Ilha do Retiro faz o confronto de volta contra os baianos pelas semifinais da Copa do Nordeste, neste domingo, às 16h, em Salvador. Na primeira partida, ficaram no empate em 0 a 0 – gol fora de casa é critério para classificação.

Em jogo, mais do que a briga por um lugar na final, o tira-teima folclórico, claro, na eterna disputa pelo posto de maior clube da região.

O técnico Sérgio Soares aposta na força ofensiva do trio KGB para assegurar a vaga na decisão. Ele tem motivos para isso: em 19 partidas na temporada, foram 35 gols marcados, fazendo de seu ataque o quarto mais eficiente do Brasil, atrás apenas de América-RN (43), Ceará (40) e Fortaleza (37) – todos foram a campo mais vezes em 2015.

Kieza, Léo Gamalho e Maxi Biancucchi foram responsáveis por 65% de todos esses tentos.

O sucesso do trio é tamanho que contagiou o próprio clube.

Até o fim do mês, o diretor de mercado tricolor Jorge Avancini deverá colocar à venda uma camisa personalizada, com edição limitada, em homenagem aos três atacantes.

O detalhe é que modelo terá cor vermelha e carregará obviamente a sigla que amedronta os rivais: KGB.

“O torcedor começou com isso, a gente gostou e vamos com ela”, se diverte Maxi, em entrevista ao ESPN.com.br. O argentino curtiu tanto a brincadeira que passou a adotá-la como hashtag em suas fotos postadas nas redes sociais.

Depois de uma primeira temporada abaixo do esperado no Fazendão, ele tem a explicação na ponta da língua para seu crescimento.

“Foram vários fatores. Primeiro, a pré-temporada infeliz no ano passado, não consegui fazer tudo, senti muito fisicamente, tive várias lesões. E, segundo, o Sérgio Soares, que confiou em mim e me escalou numa posição em que me sinto confortável. Em 2014, atuava num espaço em que nunca consegui me adaptar, tinha de descer para marcar o lateral e perdia força na frente”, afirma.

“Mas, acima de tudo, não existe hoje vaidade (com Kieza e Léo Gamalho). Nos relacionamos muito bem, sempre nos preocupamos com o outro em campo, a harmonia é perfeita”, completa.

Outro fator citado como preponderante na melhora do clima no Bahia, após o rebaixamento para a Série B do Brasileiro, é o cumprimento de promessas feitas ao elenco. Em fim de contrato, o goleador Kieza, que balançou as redes 11 vezes, confessou ter ficado positivamente surpreso com a pontualidade no pagamento dos bichos nesta temporada.

Para o trio KGB, o inimigo mudou.

Não está mais em casa.

Nem tampouco são os Estados Unidos. Pode ser você.

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