Popó reconhece talento de Weidman e critica jiu-jítsu de Vitor Belfort

Boxeador ironiza inferioridade contra americano, ao lembrar que brasileiro é pupilo dos Gracies: "Quando foi para o chão a faixa branca apareceu, porque a preta sumiu"

ReutersPopó não brilha, mas consegue vitória por pontos e título mundial dos leves pela OMB

Popó (Foto: Reprodução)

Antes de confirma o retorno aos ringues, o tetracampeão mundial de boxe Popó analisou o duelo de MMA entre Chris Weidman e Vitor Belfort pelo UFC 187. Em participação no “Extra Ordinários”, o boxeador reconheceu que o americano é um grande lutador, mas não poupou o brasileiro pela maneira como foi dominado no chão e nocauteado na disputa pelo cinturão peso-médio.

– A gente sempre acha que nós brasileiros somos os melhores e vamos vencer. A gente esquece da qualidade técnica do cara. Temos que tirar o chapéu para o Chris Weidman, que aguentou três, quatro uppers, que são golpes duríssimos (…) E o Vitor repetiu quatro ou cinco vezes. Eu só não entendi porque o Vitor parou e foi dar cotovelada, que não tinha nada a ver com o que ele estava fazendo. E quando foi para o chão a faixa branca apareceu, porque a preta sumiu – disse.

Em 2010, Acelino Popó Freitas foi eleito Deputado Federal pela Bahia, mas não conseguiu se reeleger em 2014. Próximo de mais um retorno aos ringues, o boxeador mostrou-se decepcionado com a experiência na política.

–  Eu como Deputado Federal enviei mais de 40 milhões de reais em emendas para Bahia. Para saúde, esporte, lazer. Eu fui eleito entre os 20 melhores deputados do Brasil. Eu apresentei mais de 70 projetos de lei na Câmara Federal (…) Eu fiz muito coisa, mas infelizmente descobri que na política você trabalhar, fazer o que o político tem que fazer, prestar serviço a população. Isso não dá voto. Eu não fiz caixa dois, não entrei no jogo – desabafou.

Ao explicar o motivo de não ter sido reeleito para mais um mandato de Deputado Federal, o boxeador criticou lideranças políticas, elogiou o trabalho de Romário (Senador) e Tiririca (Deputado) e tambémafirmou que ser político o afastou do esporte e da mídia.

– As pessoas que iam procurar você, que dizem ser lideranças políticas para ajudar são super aproveitadoras e são mais ladrões que os próprios deputados (…) Você tem que separar o joio do trigo, tem gente boa lá dentro, meninos bons (…) O Romário é um excelente político, vai ser prefeito ou governador do Rio pela seriedade, não tem medo de nada. O próprio Tiririca que não faltava uma sessão (…) Mas é melhor a presença dele que a presença de outro roubando (…) A experiência foi boa para mim. Eu entrei de cabeça erguida e sai com cabeça mais ainda. Não enriqueci com a política. Ao invés de ganhar, perdi. Perdi patrocinadores, comerciais, me afastei da luta. A mídia não tinha interesse (…) Deputado queima o filme mesmo – reconheceu.

Aos 39 anos, o tetracampeão mundial em duas categorias, lutará novamente contra Michael Oliveira, adversário 14 anos mais novo. A luta acontecerá no dia 18 de julho, em Santos.

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