Perícia Criminal encontra suposto cemitério de cães e gatos no Neafa

Neafa/ArquivoAnimais morreram após serem envenenados no Neafa

Animais morreram após serem envenenados no Neafa

Um suposto cemitério clandestino de cães e gatos foi encontrado em um terreno do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa). A afirmação é da Associação Alagoana de Peritos em Criminalística (AAPC).

Por meio da assessoria de comunicação, a entidade explicou que a análise foi solicitada pela Polícia Civil após uma denúncia da irregularidade e o fato foi constatado pela médica veterinária e perita do Instituto de Criminalística de Alagoas, Bárbara Fonseca.

A Perícia Criminal realizou uma análise detalhada de ossos e até mesmo em carcaças inteiras, onde algumas ainda apresentavam couro e pelo. Após o trabalho, a perita identificou que se tratava de cães e gatos que vinham sendo enterrados há muito tempo no local de forma irregular.

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Em um dos terrenos, algumas ossadas foram encontradas já na superfície e outras foram desenterradas com a ajuda de um funcionário do Neafa. “Os animais foram enterrados sem nenhum cuidado. É evidente o risco de contaminação do solo e do lençol freático, mas só uma análise do IMA [Instituto do Meio Ambiente] pode confirmar se ela ocorreu de fato. Devido ao avançado estado de decomposição dos animais, não se sabe as doenças que eles tinham, nem se alguém foi afetado”, avalia a perita.

Já no outro terreno, anexo ao imóvel, também teria sido usado como cemitério, mas no espaço indicado pelo funcionário, foi cavado até a profundidade de cerca de um metro e as carcaças ainda não foram localizadas.

Alguns animais, conforme relatou a perita, estavam dentro de sacos plásticos e, dentre eles, alguns ainda apresentavam forte odor. Ela foi informada que o período da morte de parte desses cães e gatos teria sido em dezembro, quando também houve um envenenamento generalizado de animais no Neafa.

Pela análise das características e aparência dos bichos em estado mais recente de decomposição, Bárbara Fonseca afirma que a data é condizente. “O laudo ainda não está pronto. Vou analisar e estudar todo o levantamento realizado no local e fazer as conclusões, mas posso afirmar que havia animais enterrados. Não se sabe o que motivou o Neafa a praticar essa ação durante tanto tempo, mas isso fica a cargo da investigação policial. Atualmente, eles já se utilizam do serviço de incineração de uma empresa de tratamento de resíduos”, revela.

O Alagoas 24 Horas entrou em contato com a assessoria de comunicação do Neafa e foi informado que a ONG não iria se pronunciar sobre o caso no momento, mas explicou que os animais quando morrem são encaminhados a uma empresa especializada por incineração de animais mortos e materiais hospitalares, a Serquip.

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