Chacina do Benedito Bentes: vereador é indiciado por denunciação caluniosa

Em sua defesa, Silvânio Barbosa disse que está sendo injustiçado e que vai provar

Arquivo/Alagoas24horasA chacina ocorreu em 2010

A chacina ocorreu em 2010

A Polícia Civil de Alagoas indiciou o vereador por Maceió, Silvânio Barbosa (PSB) pelo crime de denunciação caluniosa contra o major da Polícia Militar, major Paulo Eugênio da Silva Freitas. O edil acusou o militar de envolvimento na morte de quatro jovens, episódio que ficou conhecido como a chacina do Benedito Bentes, ocorrida em agosto de 2010.

Para o major, o indiciamento do vereador é uma prova de que a Justiça começou a ser feita. No ano passado, Barbosa foi condenado pelo Tribunal do Júri da 3ª Câmara Cível da Capital a pagar indenização por danos morais ao major, no valor de R$ 20 mil. “Para mim é a prova que apesar da demora ainda existe Justiça em Alagoas. Dinheiro nenhum paga a honra de um cidadão principalmente quando se trata de um agente público, responsável pela ordem pública”, disse em entrevista ao Alagoas24Horas.

A delegada Maria Tereza Ramos de Albuquerque concluiu o inquérito no final de julho e já emitiu ao Ministério Público do Estado. O caso ficará a cargo da promotora Marluce Falcão.

Alagoas24horas/ArquivoSilvânio Barbosa, prefeito comunitário do Complexo Benedito Bentes

Silvânio Barbosa

Injustiça
Já o vereador Silvânio Barbosa, disse que recebeu com tristeza a informação do indiciamento, pela imprensa. Ele alega que desde que foi chamado pela primeira delegada do caso para prestar esclarecimentos acerca de um suposto bilhete anônimo que atribuía ao major as mortes dos jovens, ficou espantado com o mal entendido.

Barbosa, garante que o bilhete que encaminhou ao Ministério Público, à Corregedoria da Polícia Militar e Conselho Estadual de Segurança não tinha relação com a chacina do Benedito Bentes, sequer citava o nome do major Eugênio. “O que me espanta é que a própria delegada, à época não havia lido o bilhete e se espantou ao perceber que não tratava da chacina. Em nenhum momento eu mencionei o capitão [Major Eugênio], porque nunca o acusei de participação em nada disso. Podemos ter algum tipo de rivalidade política, mas jamais o citei”, disse em entrevista por telefone.

“Quando chegar a hora de me defender vão ver que estão cometendo uma injustiça”, finalizou o edil.

 

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