Croácia diz que Grécia tem de parar de enviar imigrantes para restante da Europa

(Foto: Bernadett Szabo/Reuters)
(Foto: Bernadett Szabo/Reuters)

OPATOVAC, Croácia (Reuters) – A Croácia vai exigir que a Grécia pare de mandar imigrantes do Oriente Médio para o restante da Europa, disse o ministro do Interior, Ranko Ostojic, nesta segunda-feira.

Os ministros do Interior da União Europeia vão se reunir na terça-feira em uma tentativa de encontrar uma solução para maior crise imigratória da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com quase meio milhão de requerentes de asilo chegando a seu território este ano.

“O fluxo de imigrantes da Grécia tem que ser interrompido. Vou procurar isso na reunião de amanhã dos ministros do Interior da UE”, afirmou Ostojic a repórteres no acampamento de Opatovac, onde os migrantes estão sendo alojados perto da cidade de Tovarnik, no leste da Croácia.

“É absolutamente inaceitável que a Grécia esvazie seus campos de refugiados e envie as pessoas para a Croácia via Macedônia e Sérvia”, acrescentou Ostojic.

Cerca de 29 mil pessoas, a maioria da Síria, chegaram na semana passada à Croácia, vindas da Sérvia, após caminharem em direção ao norte a partir da Grécia, a caminho dos países mais ricos da união Europeia, no norte e oeste do continente. A Croácia é membro da UE, mas não faz parte do espaço Schengen, no qual se pode viajar sem controles de fronteira.

A Grécia tem sido o primeiro ponto de entrada na UE para muitos imigrantes, uma vez que faz fronteira com a Turquia, para a qual milhões de pessoas fugiram de guerras na vizinha Síria e do Iraque, mas o país diz que não pode lidar com o influxo em razão do seu pequeno tamanho e problemas financeiros graves.

Um funcionário do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) afirmou à Reuters que há atualmente cerca de 2.000 pessoas no acampamento de Opatovac, uma ex-fábrica cercada, onde cerca de 150 barracas foram instaladas.

“Em média, há cerca de 100 pessoas entrando na Croácia por hora”, disse o porta-voz do Acnur Babar Baloch. “Claro, entrada e saída deve ser equilibrada ou (o acampamento) ficará superlotado … Isto, obviamente, depende do número de pessoas que chegam da Sérvia”, disse Baloch.

(Reportagem de Aleksandar Vasovic)

Fonte: Reuters

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