Delegado federal André Costa deu detalhes da operação que apreendeu menor
A Polícia Federal realizou em oito estados da federação a segunda fase da Operação Gêneses, que tem por finalidade investigar pessoas por envolvimento em crimes de pedofilia pela internet. A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (22).
Ao todo, 41 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo sete deles em Alagoas. Do total de mandados cumpridos no Estado, seis se deram na capital alagoana e um no município vizinho, Marechal Deodoro. Em Maceió, um jovem de 16 anos foi apreendido no bairro do Tabuleiro do Martins. Segundo informações repassadas pela Polícia Federal, o menor assistia a um vídeo contendo cenas de sexo explícito com menores no momento em que a PF chegava à sua residência.
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Gêneses
Com a primeira fase deflagrada no dia 2 de setembro, a operação tem o nome do programa desenvolvido pela Polícia Federal. Segundo informações repassadas pelo superintende adjunto da PF em Alagoas, delegado federal André Costa, o sistema foi desenvolvido para realizar uma varredura na internet e redes sociais de modo a identificar imagens suspeitas ou de sexo explícito quem envolvam crianças ou adolescentes.
Com base nas informações geradas pelo sistema a PF identifica o local onde essas imagens estão sendo exibidas. De posse dos computadores, tablets e demais aparelhos, a PF poderá realizar perícia para comprovar se as imagens foram também produzidas pelos suspeitos, se foram divulgadas, ou compartilhadas.
Do crime
A pena para pessoas que armazenam imagens de pedofilia pode variar entre um e três anos de detenção. Produzir ou compartilhar as imagens pode aumentar a pena de quatro a oito anos de prisão.
Menor
No caso do menor apreendido em Maceió, ele confessou o armazenamento de imagens. Até a divulgação desta matéria, a polícia tinha identificado cerca de 50 arquivos de pedofilia guardados no computador do adolescente. As cenas envolvem crianças com idade entre 10 e 12 anos. O jovem foi ouvido e conduzido para a Delegacia do Menor Infrator, onde deve permanecer à disposição da justiça.
“Ainda estamos em fase inicial, somente após a perícia será possível esclarecer mais detalhes. O inquérito deve ser concluído em 30 dias, podendo ser prorrogado este prazo por mais 90,” relata Costa.
