“Se no Brasil tivesse prisão perpétua, essa seria sua pena”, diz pai de Renata

Dicom/TJLeonardo Lourenço da Silva, réu confesso do caso Renata Sá

Leonardo Lourenço da Silva, réu confesso do caso Renata Sá

O julgamento por Júri Popular do acusado de matar a nutricionista Renata de Almeida Sá, Leonardo Lourenço da Silva, teve início na tarde desta segunda-feira (26). Até as 16 horas, seis testemunhas de acusação haviam deposto. Um dos depoimentos mais fortes foi o do pai de Renata, Carlos Alfredo Ferro de Sá.

O pai apresentou o diário de Renata para mostrar o quanto ela era uma pessoa comprometida com o trabalho e preocupada com a família. Após confirmar as informações prestadas em depoimentos anteriores, Carlos Alfredo desabafou sobre a forma cruel como a filha foi morta e disparou: “Se no Brasil tivesse prisão perpétua, essa seria sua pena”.

Ele lembrou as chances que o réu teve de mudar de vida, mas sempre volta a cometer crimes. “Se esse…[evitou adjetivar] voltar a ficar em liberdade, ele põe em risco a sociedade porque já teve chance de mudar e voltou a aprontar”, disse o pai da vítima, referindo-se aos demais crimes cometidos pelo réu: (Renata Sá: nutricionista foi vítima de estuprador em série; veja vídeo).

Além dele, foram ouvidos: Victor Almeida de Holanda (primo da vítima); José da Silva (mecânico que encontrou carro da vítima); José Bráulio Ventura Veira (noivo), Carlos Alfredo Ferro de Sá Junior e Vaneide Viera de Almeida (irmão e mãe da vítima).

Dicom/TJLeonardo Lourenço da Silva

Leonardo Lourenço da Silva

Após o depoimento do réu, Leonardo Lourenço da Silva, o juiz John Silas determinou um intervalo para o júri e logo após segue a fase de debate entre promotoria e defesa.

Caso

O crime ocorreu em julho de 2014, no bairro Santa Amélia, em Maceió. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Renata Sá estava entrando em seu carro, quando foi abordada pelo acusado, que segurava uma arma. Ele assumiu a direção do veículo e ordenou que ela ficasse no banco traseiro.

Ainda segundo o órgão ministerial, Leonardo tinha a intenção de levar a vítima a um motel, onde a estupraria. Ele, no entanto, desistiu do plano e dirigiu até um matagal, onde efetuou dois disparos contra a nutricionista.

Depois do crime, o réu abandonou o carro da vítima próximo a uma oficina mecânica e fugiu. Leonardo acabou sendo filmado por câmeras de segurança que funcionavam no local e foi detido, dias depois, pela polícia. Na casa dele, foram encontradas a arma do crime e uma bolsa pertencente à nutricionista.

Leonardo é réu confesso no crime. Ele contou que tinha planos para estuprar a jovem, mas desistiu e a matou com medo de ser reconhecido. A acusação pede que ele seja condenado por homicídio duplamente qualificado.

Confira o vídeo divulgado pela polícia, após o desfecho do crime:

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