Slum retira nove toneladas de lixo no Dubeaux Leão

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A Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) flagrou mais um caso de acúmulo de lixo em um imóvel de Maceió, desta vez no conjunto Dubeux Leão. A residência fica na Rua Carlos Melito, número 55, em frente à Praça Ricardo Lessa, e foi descoberta durante a inspeção realizada nessa terça-feira (12) pelas educadoras ambientais da Slum e demais profissionais que integram a força-tarefa de combate ao Aedes aegypti.

Após a constatação, uma operação de limpeza foi realizada nesta quarta-feira (13) para a retirada de aproximadamente nove toneladas de entulhos que estavam acumulados há anos na casa de apenas dois cômodos. A quantidade de lixo recolhido corresponde a uma caçamba cheia e outra pela metade.

Este é o quinto caso de acúmulo de resíduos em residências da capital registrado pela Slum em pouco mais de um mês, com flagrantes no Vergel do Lago, dois no Rio Novo e um no Pinheiro, além de outras denúncias que estão sendo apuradas. Ao todo, foram recolhidas 104 toneladas de lixo durante as operações, quantidade equivalente a 17 caçambas cheias. A coordenadora de controle ambiental da Superintendência, Rita Araújo, contou que o caso do Dubeux Leão foi relatado à equipe por vizinhos do proprietário do imóvel, Carlos Correia de Araújo, de 38 anos.

“Fomos informados e, com os agentes de endemias e militares do Exército Brasileiro, fizemos a abordagem para avaliar a situação. O lixo era recolhido nas ruas da região e colocado dentro da casa, além de sofá, cadeiras de ferro e restos de televisão na calçada. Dentro da casa, muita roupa, calçados, restos de eletroeletrônicos, estruturas de ferro e recicláveis. Tudo acumulado em um pequeno imóvel, onde o acesso já estava difícil pelo resíduo amontoado. A limpeza foi realizada com o apoio da família e do próprio Carlos”, disse Rita.

A casa fica ao lado de outras duas pequenas construções, todas três localizadas em um terreno da mesma família. No imóvel vizinho, que antes era ocupado por uma irmã de Carlos, muito lixo também estava acumulado, incluindo recipientes com água parada e pneus. “O material encontrado foi retirado. Agentes da Slum fizeram a limpeza e, durante o recolhimento do lixo, encontramos baratas, escorpiões e ninhos de cupim. Uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses acompanhou a ação e fez o tratamento focal com para evitar a proliferação de insetos e roedores”, complementou a coordenadora da Slum.

O imóvel é pequeno, tem apenas um quarto e um banheiro. Nos dois cômodos, apenas o espaço da cama estava livre. Do lado de fora, muito entulho, calçados velhos e restos de eletroeletrônicos, como pode ser visto no vídeo:

http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/slum/mp4/2016/01/Interior-da-Casa.mp4?_=2

Durante a ação realizada hoje, a irmã de Carlos, Mirian Correia de Araújo, conversou com as educadoras ambientais e contou que o acúmulo de lixo na residência teve início há quase 20 anos. Segundo ela, o proprietário do imóvel passou por problemas na vida pessoal, como a morte do pai e da mãe, além da separação da esposa, situações que Mirian cita como as causas para a acumulação compulsiva dos resíduos. Ela disse agentes de endemias fazem visitas frequentes, mas nunca conseguiram entrar no imóvel.

 Ele vivia bem, trabalhava e tinha a casa organizada, limpa. Tudo começou quando ele tinha 18 anos, depois que teve um problema com a ex-esposa e se separou. Tivemos perdas na família, como a morte dos nossos pais e ele não ficou muito bem. De lá pra cá, começou a usar drogas, juntava lixo da rua quando ia fazer limpeza em outras casas e já foi internado várias vezes, mas sempre fugia. Nada foi feito porque ele nunca deixou que ninguém entrasse na casa. Agora, graças a Deus, está sendo resolvido”, contou Mirian, que mora ao lado do irmão Carlos.

Além da limpeza, a Slum também acionou o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) que atende a região para que Carlos Araújo receba atendimento em relação à dependência química e de transtornos psiquiátricos.

Para denunciar casos como este ou sobre descarte inadequado de lixo, a população de Maceió pode acionar a Slum por meio do Disque Limpeza 3315-2600 ou pelo www.maceio.al.gov.br/slum/fale-conosco. “Nós seguimos com as fiscalizações e com o trabalho de educação ambiental, mas precisamos do apoio do maceioense. É preciso denunciar, agir como um fiscal de nossa cidade para evitar novos casos das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti”, encerrou Rita Araújo.

Fonte: Ascom Slum

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