Percentual de endividados apresenta redução de 3,6% em Maceió

 

Apesar da redução nas dívidas, número de inadimplentes aumentou Os consumidores de Maceió estão mais cautelosos. Pesquisa do Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), demonstra que, entre janeiro e fevereiro, houve uma redução de 3,6% no endividamento geral. O levantamento também aponta que, embora tenha ocorrido essa queda, houve um aumento no percentual de pessoas sem condições de pagar suas dívidas, elevando em 2,2% a inadimplência.

De acordo com o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, a inadimplência relaciona-se à dinâmica do emprego em Alagoas e em Maceió. Considerando os dados do CAGED (Ministério do Trabalho e Emprego – MTE), em janeiro houve uma redução de 1942 postos de trabalho, dos quais 765 empregos foram perdidos apenas em Maceió. “Como em 2015 perdemos 5487 empregos é mais do que natural que, passado o período de pagamento de seguro desemprego, algumas famílias tenham começado a sentir dificuldades em pagar suas contas aumentando a parcela de inadimplentes”, pondera.

O economista explica que, no aspecto geral, o maior responsável pela perda de postos de trabalho em Alagoas foi a indústria de transformação, seguida pelo Comércio, que vem amargando um consumo cada vez menor das famílias por conta do aumento de preços e das taxas de juros elevadas praticadas pelos bancos comerciais. Já o setor de Serviços tem apresentado um bom desempenho, sendo responsável por 1.182 postos de trabalho criados apenas em janeiro no Estado.

Segundo o levantamento do Instituto Fecomércio AL, a quantidade de famílias sem dívidas também aumentou, saltando de 30,9% (janeiro) para 34,5% (fevereiro). O grande responsável pelo endividamento das famílias em Maceió é o uso do cartão de crédito, representando 82,6% do tipo de dívida das famílias. Os carnês de lojas respondem por 10,1% e, o crédito pessoal, por 4,6% dos endividamentos.

Dos entrevistados, 35,4% indicaram ter dívidas atrasadas. Destes, 54% disseram ter mais um membro das famílias com pagamentos em atraso e 45,7% não possuem outro membro da família nessa situação. Do total de inadimplentes (22%), 14,5% possuem dívidas de até 30 dias; 29,9% entre 30 e 90 dias; 54,2% estão com dívidas há mais de 90 dias.

Entre o perfil de famílias que possuem contas em atraso há mais tempo, os dados demonstram uma piora na capacidade de pagamentos quando comparado a janeiro. As pessoas que terão condições totais de pagamento e quitação da dívida representam 10,3% (do universo de 22% de inadimplentes); em janeiro eram 11,2%. Os que terão condições de pagamento parcial também diminuíram: 17,5% em fevereiro e 18,3% no mês anterior. Já o percentual de inadimplentes que não terão nenhuma condição de pagamento aumentou de 55% para 62,1%, em fevereiro. Apesar desse cenário, o tempo médio de pagamento em atraso reduziu 2%, ficando em 69,9 dias.

Como houve um aumento substancial de famílias que não possuem mais dívidas, a parcela da renda comprometida teve um leve declínio (-0,3%) em relação ao mês anterior, com comprometimento da renda em média de 27,2%; “ níveis saudáveis para a população que não está inadimplente mas possui dívidas e quer se manter no mercado consumidor”, avalia o especialista.

Fonte: Ascom/Fecomércio

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