Policiais da Deic entregam cargos de chefia após exoneração de chefe do Tigre

Alexandre Galvão foi exonerago nesta quarta após TIgre ter aderido à greve da Polícia Civil

Izabelle Targino/Alagoas24horasSindpol tentou oficializar entrega dosa cargos, mas não conseguiu

Sindpol tentou oficializar entrega dosa cargos, mas não conseguiu

Os policiais civis lotados nas delegacias da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), que ocupam cargos de chefia, decidiram entregá-los na tarde desta quarta-feira (20). Além disso, os demais agentes também decidiram entregar as lotações. A decisão foi tomada após a exoneração do gerente do Tático Integrado de Grupamentos de Resgates Especiais (Tigre), Alexandre Galvão, publicada no Diário Oficial de hoje.

Em forma de protesto e em apoio ao colega exonerado, dezenas de policiais foram até a sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, em Jacarecica, formalizar a solicitação. Entretanto, encontraram dificuldades.

“O que fizeram foi uma retaliação porque o Tigre aderiu à greve deflagrada dia dezoito. Então nós viemos falar com o delegado Paulo Cerqueira, mas ele não estava. Ligamos para o secretário dele e ele já está comunicado, mas nós não conseguimos protocolar nossa solicitação em nenhum setor. Mesmo assim, os cargos de chefia da Deic, todos eles, estão à disposição da direção da Polícia Civil.. A categoria aderiu a greve em cem por cento, porque não aceita o tratamento que o governo tá dando. Hoje, para se ter ideia, os agentes da Polícia Civil estão ganhando menos que um soldado”, disse o presidente do Sindpol, Josimar Melo.

Alagoas24horasAgentes foram até a Delegacia Geral entregar os cargos

Agentes foram até a Delegacia Geral entregar os cargos

Com a greve e a entrega dos cargos de chefia, ficam sem atividades e sem comando o Núcleo de Inteligência, a Delegacia de Roubo à Banco, a Delegacia de Captura, do Setor de Monitoramento, a Delegacia Interativa, o Tigre, e a Delegacia de Antissequestro. Todas elas integram a Deic.

Além disso, desde a última segunda-feira (18), todas as delegacias regionais estão fechadas, inclusive no interior, funcionando apenas os 30% estabelecido por lei. Os policiais reivindicam, entre outras coisas, o piso salarial de 60% da remuneração dos delegados, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), o pagamento retroativo das progressões, implantação imediata das progressões que estão no Atagab-Seplag e do pagamento de risco de vida e de insalubridade, além da melhoria das condições estruturais das delegacias e a retirada dos presos.

“Tivemos uma adesão de cem por cento e só estamos fazendo os flagrantes nas Centrais. Com a adesão do Tigre e agora a Asfixia, que estava resistindo, conseguimos oxigenar a mobilização, já que estes dois departamentos geralmente não paralisam e são usados pela segurança pública durante as paralisações. Fizemos três paralisações de advertência e o governo sabe da nossa greve. Alertamos que se no dia da assembleia se não tivéssemos nenhuma proposta concreta sobre as nossas reivindicações, nós pararíamos. Estamos em greve por tempo indeterminado”, declarou Josimar Melo.

Direção da PC nega perseguição

Em contato com a equipe de reportagem do Alagoas24horas, o delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, por meio da Assessoria de Comunicação, negou que tenha havido perseguição a qualquer agente. O Delegado geral disse ainda que  qualquer agente que tenha cargo de confiança não poderia participar de greve e, caso resolva participar, deve entregar o cargo.

Em relação ao fato do não recebimento dos documentos, a Assessoria informou que, ao serem informados pelo setor de protocolo que cada agente que quisesse entregar o cargo deveria dar entrada num processo de exoneração, o Sindpol recolheu os documentos e desistiu.

 

Alagoas24horas/ArquivoPoliciais decretaram greve por tempo indeterminado

Policiais decretaram greve por tempo indeterminado

 

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