Envelhecimento ativo: mudança de hábitos intestinais pode sinalizar problemas

O Grupo de Envelhecimento Ativo da Santa Casa de Maceió (Geasc) volta a abordar nesta segunda (18/07) a questão das mudanças nos hábitos intestinais de pessoas acima dos 60 anos. A nutricionista Yoná Gonçalves retoma este importante tema que pode afetar a saúde no curto, médio e longo prazo. A palestra, que é gratuita e aberta à comunidade, ocorrerá no Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota das 14h às 16h.

O Grupo de Envelhecimento Ativo destina-se a idosos, sejam usuários da Santa Casa de Maceió, colaboradores da instituição, seus parentes ou pessoas da comunidade. O projeto é coordenado pelo professor Geraldo Liberal com o acompanhamento da geriatra Helen Arruda e a participação de profissionais de diversas áreas e setores da instituição. As reuniões do Grupo de Envelhecimento Ativo ocorrem todas as segundas-feiras.

Hábitos intestinais e suas consequências

Ao redor dos 50 anos, o estômago e os intestinos passam a produzir menos sucos digestivos o que leva a uma diminuição na velocidade da digestão. Na 3ª idade o suco gástrico fica menos ácido e o esvaziamento do estômago fica mais lento. Há diminuição de afluxo de sangue para todo o aparelho digestivo e a movimentação do intestino diminui.

Estas modificações levam a alterações na absorção de substâncias. Isto acarreta importância fundamental quando ocorrer a utilização de remédios, que podem se tornar mais tóxicos , ou menos eficazes, além de ter reflexos na absorção dos alimentos.

A mudança do hábito intestinal é o mais significativo sintoma da doença intestinal e sempre deve ser muito bem avaliado. O aspecto das fezes e a presença ou não de sangue são também manifestações que devem ser consideradas. Fezes de cor preta como borra de café (melena) sugerem sangramento localizado em nível do estômago e a presença de sangue vivo (enterorragia) indica sangramento em níveis baixos como reto e ânus.

Além da mudança de hábito intestinal alguns sintomas devem ser destacados na 3ª idade, como a disfagia, a azia a flatulência, adiarréia, o vômito, a constipação, as cólicas abdominais, aobstrução intestinal, a incontinência fecal e a hemorragia digestiva.

No esôfago as principais doenças que ocorrem na 3ª Idade são a esofagite, a hérnia de hiato e o câncer ; no estômago são a gastrite, a úlcera (úlcera gastroduodenal) e o câncer.

No intestino as principais doenças são as infecções intestinais, a colite, a diverticulose, a diverticulite e o câncer de intestino. O câncer de intestino grosso é muito freqüente sendo um dos tumores mais comuns ao homem.

O câncer do anus é raro. A apendicite é incomum na terceira idade mas quando ocorre é muito grave. Duas situações merecem especial atenção no idoso: a hérnia encarcerada e a obstrução intestinal. Aperitonite é a inflamação do peritônio e ocorre em várias doenças da cavidade abdominal.

Tanto o esôfago como o estômago tem na endoscopia o seu principal meio de diagnóstico.

A radiologia simples do abdômen e a radiologia com contraste das porções finais do intestino (enema opaco) são os principais exames radiológicos dos intestinos.

A tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética são os métodos de diagnósticos utilizados nas doenças intestinais. Acolonoscopia permite a visualização das porções inferiores do intestino (cólon e reto) e são fundamentais no diagnóstico do câncerintestinal.

É o exame endoscópico do intestino grosso. Em geral complementa o enema opaco. Determina com precisão lesões do intestino, locais de sangramento e pode ser utilizado para a remoção de pólipos e coagulação de locais sangrentos.

A ultra-sonografia atualmente é o exame inicial para a avaliação abdominal.

Fonte: Ascom Santa Casa

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