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Alagoas à procura de um governador -Sebastião Néry

DA COLUNA DE SEBASTIÃO NÉRY

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Alagoas está procurando um governador como o coronel Rodrigues procurou seu Tonico. Já sem esperança. Todo mundo quer ser senador. Governador, ninguém. O governador Teotonio Vilela filho é candidato à reeleição por dever de ofício. Se não disputasse mais quatro anos, estaria dando argumentos à oposição que o acusa de não gostar de trabalhar. O prefeito de Maceió, Cicero Almeida, depois de uma administração consagradora, gostaria mesmo era de ser senador. Mas todo mundo o está empurrando para enfrentar o governador e lhes deixar as vagas do Senado. Ele tem medo do interior, porque, além da capital,não tem bases municipais. E até agora não apareceu mais ninguém para disputar o palácio.
SENADO
Já para o Senado é uma fileira de gente. São duas vagas e logo de saída há duas candidaturas quase com direito adquirido: o senador Renan Calheiros, chefe do partido mais forte do Estado, com maior numero de prefeitos e vereadores, o PMDB, e a ex-senadora Heloísa Helena, com o menor dos partidos, nacionalmente e no Estado, mas com sua poderosa e flamejante liderança, que amedronta os demais possíveis candidatos. E os demais são muitos demais para duas vagas só: o ex-governador Ronaldo Lessa, vindo de dois conturbados mandatos, mas que de qualquer modo deixaram seu nome plantado na memória popular; o ex-senador e ex-deputado João Lyra, o homem mais rico do Estado, derrotado na última eleição mas determinado a disputar de qualquer maneira; o deputado Benedito de Lyra, presidente de partido e muito sólido no interior; o senador João Tenório; e candidatos do PT, do PCdoB, do DEM e de outros partidos fracos no Estado.
COLLOR
E resta o grande enigma, Fernando Collor. Já senador, com mais quatro anos de mandato, evidentemente não sairá para o Senado. É a pedra da vez para o governo, com um governador desgastado e um prefeito sem nome estadual. Mas ninguém sabe se Collor vai querer entrar nessa briga, com um Estado tumultuado, humilhado, dividido,sem dinheiro,sem sonhos. Até onde conheço a política de Alagoas e a garra de Collor, ele pode repetir 2006. Ficar fora da campanha, deixar todo mundo se desgastar, se sangrar, e, na última hora, no último mês, sair candidato a governador atropelando tudo, só “ele e o povo contra o resto”.
Alagoas está esperando seu governador como o coronel Rodrigues esperava seu Tonico. Já quase sem esperança, mas sempre com esperança.
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