Almeida: Falta sinceridade no chapão

O tamanho do chapão, dos senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB), pode ser definido por uma de suas estrelas, o prefeito Cícero Almeida (PTB). O chapão reúne poderosos, mas Almeida disse claramente ontem, em prosa com a imprensa, não confiar no grupo de partidos ou nas pessoas que o apoiam em 2010. Isso inclui até aliados antigos, antiquíssimos. Um recado misterioso, a menos de um ano da eleição. E nas palavras costumeiras, disse faltar um tempero no chapão: sinceridade. "Ninguém deu as caras". Veja trechos:

O chapão acabou?
Nem trato desse assunto, nem trato de chapão. Estou tratando da administração, do final de ano, da festa, da alegria e de agradecer a vocês pela cobertura que deram nos momentos bons ou ruins.

Por que não fala de 2010?
Porque não começou ainda. Em 2010, sou titular cara, estou no time, estou no jogo.

Por que recuou em dezembro, quando anunciaria o nome na disputa ao Governo?
Sou um cara obediente em muitas situações e já fui desobediente em outras. Vou dar pelo menos uma noção do significado da minha colocação. Às vezes eu ajo pela emoção e às vezes tenho que agir pela razão. O que acontece? Conversei com muitas pessoas ligadas a mim, com minha mãe, com Deus especialmente e cheguei a conclusão que ninguém até o presente momento apresentou candidatura, então por que eu, que estou liderando todas as pesquisas, vou chegar agora e dizer: ‘Não sou’? Até porque é uma decisão que a sociedade é quem vai tomar, não é o Cícero Almeida. Não é Téo, não é o Renan, não é o Collor, não é o Benedito. Então, vou saber o que esta sociedade quer realmente. Estou nesta expectativa para saber qual a posição da sociedade: é mudança? é o Cícero? É o Téo? É o Collor? Então, vamos deixar que a sociedade defina. Se eu chegar a uma conclusão – eu chegar! – de que a hora é essa e é isso o que o povo quer, eu vou preparado. Agora, se eu chegar a uma conclusão ou se essa conclusão, esse estudo que eu estou fazendo, deixar quaisquer dúvidas para mim, aí o seu amigo vai ter que pensar duas vezes. Aí eu tiro o time de campo.

O que deve prevalecer para decidir?
A sinceridade das pessoas, do grupo. Então, estou esperando que isso aconteça. A questão não é de existir sinceridade, a questão é que até o presente momento ninguém deu as caras. Então, eu vou dar a minha? Há dúvidas. Vou dar a cara para bater? Não, não vou. Então vou deixar que todo mundo diga o que quer. Então, se o grupo realmente entender de assumir a responsabilidade da candidatura, aí eu vou decidir. Se isso não acontecer, vou continuar cuidando de Maceió que é a paixão da minha vida.

O BLOG DESEJA A TODOS FELIZ ANO NOVO. DE INICIATIVAS.