Alunos passam de ano, mas são proibidos de estudar

Os alunos de uma escola que passaram de ano podem seguir adiante nas séries para a conclusão dos estudos? A resposta deveria ser sim, mas não é isso que acontece na escola Estadual Saturnino Souza, em Matriz de Camaragibe.
Por questões políticas, a Prefeitura de Matriz proibiiu que os professores, cedidos pelo município, dessem aulas na escola estadual. O Governo do Estado teve que dispensar os monitores da escola, porque não são concursados. No tradicional "arrumadinho", a direção da escola conseguiu os professores para fechar o ano letivo dos alunos. Porém, falta um professor, o de Educação Física. E são os alunos da oitava série os mais prejudicados por isso.
Na Saturnino Souza, não há ensino médio. Assim os alunos passaram de ano nas disciplinas, mas falta fechar a "carga horária", no jargão escolar, com Educação Física. Eles não podem ser transferidos para uma escola que tenha o segundo grau. Nem podem se matricular no Cefet, se eles passaram nas provas. Porque falta professor de Educação Física para "fechar a carga horária".
A lógica vale para as outras séries. Quem quiser transferência para outra escola, tem de esperar o dia em que o professor de Educação Fíisica chegará a Matriz. E para dar uma aula de pouco mais de um mês, já que o ano letivo fecha em março.
Enquanto isso, os alunos esperam.

NA ESCOLA RODRIGUEZ…

Desde que este blog revelou o caso da menina LMN, da escola estadual Rodriguez de Melo, que passou no Cefet mas corre o risco de não chegar à instituição porque os professores querem reprová-la, já houve todo tipo de movimentação. Até dentro da Secretaria Estadual de Educação.
LMN tem sido punida de todas as formas na escola. Não a punição revelada, mas a da desqualificação pública e notória. A adolescente é taxada, nos corredores da SEE, de todos os adjetivos. Restritivos e preconceituosos, lamentavelmente.
A menina está praticamente sozinha em uma guerra pelo próprio futuro. O blog deseja força.