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Aperto nas finanças e reclamações no turismo

O cardápio da crise econômica mundial incrementou o maior evento de discussão do turismo no Nordeste, o Nordeste Invest 2009, uma mesa redonda com empresários, governadores nordestinos e dois ministros, o da Defesa, Nelson Jobim, e do Turismo, Luiz Barretto. De um lado, empresários cobravam mais empenho dos governos para diminuir a burocracia da máquina pública, melhorar a oferta de voos e facilitar os investimentos do setor privado na região; do outro, governos apresentavam o quadro brasileiro, evitando citar, diretamente, a crise.
Enquanto em Brasília o Governo Federal comemora a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na Bahia, Jacques Wagner (PT), reclamou do “aperto nas finanças”. É que o IPI, junto ao Imposto de Renda, compõem o Fundo de Participação dos Estados (FPE), verba de compensação do Governo Federal no combate a pobreza.
“Reclamamos bastante. Ou pelo menos tem que se dar a César o que é de César. Quando o Governo Federal anuncia redução de IPI, ele tem que dizer que os estados compartilham porque, afinal de contas, a Bahia participa de 6% do FPE nacional. Portanto, um corte de R$ 1,6 bilhão representa para mim alguma coisa como R$ 80 a 90 milhões. Claro, que a gente entende o esforço do Governo Federal, ele é parceiro, na medida que este esforço é para manter os postos de trabalho e dar o incentivo a rodar a economia. Porém, óbvio, aperta as nossas finanças e nós não temos o mesmo grau de liberdade por cada estado ter um orçamento menor que o federal portanto para nós a corda é mais curta”, disse Wagner.
O governador de Alagoas, o tucano Teotonio Vilela Filho, preferiu não reclamar. Além dos cortes no FPE, Alagoas perdeu R$ 23 milhões do Tesouro Nacional. Vilela suspendeu aumentos salariais, não sabe se vai pagar o 13º dos servidores públicos e determinou cortes na máquina pública.
“A crise tem reduzido a receita dos estados. Como reduzir essa crise? Criando impulsos na economia. Estamos com todas as obras federais em Alagoas em pleno andamento, à exceção do Canal do sertão, por causa de problemas legais do Canal. Não é por falta de recursos. O Nordeste Invest serve para atrair investimentos. Estamos no controle do leme”, avaliou. O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu as obras do Canal do Sertão porque existem indícios de superfaturamento.

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