Arrastão: falência da segurança pública?

O maceioense viveu um dia de cão neste domingo. Um arrastão promovido por cerca de quinze bandidos nas ruas do Comércio e que depois se alastrou por outros bairros da capital, fez com que comerciantes fechassem estabelecimentos e os consumidores voltassem para casa. Os shoppings reforçaram a segurança, mas mesmo assim a população evitou sair às ruas.
Nos locais mais visitados por turistas, como a feira do Artesanato na Pajuçara, os comerciantes fecharam suas lojas e alertaram os consumidores para um possível arrastão que poderia acontecer no início da tarde.
Em toda essa confusão se chegou a noticiar que houve troca de tiros, mas que a polícia não havia confirmado e o fechamento do Comércio antes do horário previsto. A Força Nacional teria sido acionada, mas até o final do dia ninguém havia sido preso.
Infelizmente Alagoas volta a aparecer na esfera policial, logo depois de bandidos incendiarem carros e ônibus na semana passada, levando o terror para a população, em ações atribuídas aos chefes do tráfico muitos dos quais estão presos em Maceió.
É lamentável se voltar a comentar assunto de violência que se chegou à beira do insuportável.
As medidas adotadas pelo governo não têm tido o resultado que todos nós esperamos. A cada dia surge uma novidade. Na semana passada, além de dezenas de assassinatos, ônibus incendiados. Ontem, arrastões no Comércio e em vários bairros da capital. Hoje, ninguém sabe o que vai acontecer.
A polícia nas ruas parece que não está dando conta do recado, embora o governo anuncie que medidas outras estão sendo tomadas. Toda essa situação que apavora os alagoanos e os maceioenses demonstra a falência do estado na área de segurança pública.
O governador Teotônio Vilela não pode mais adiar medidas drásticas para conter a criminalidade. Se o estado não tem condições de dar um basta nisso tudo, que se curve ao governo federal e peça ajuda. Assim é que não pode continuar.