Até defuntos fazem campanha em Alagoas

É de estarrecer e até mesmo rir os expedientes usados por candidatos no interior de Alagoas com o objetivo de angariar votos. Até defuntos pedem votos, a exemplo de Palmeira dos Índios onde um áudio do finado Albérico Cordeiro pede votos e outro em Marechal Deodoro, onde Danilo Dâmaso revive e também faz campanha política.
Ninguém sabe por que essas e outras aberrações são permitidas pela Justiça Eleitoral. Onde defunto pede votos e candidatos a vereadores usam nomes estranhos para influenciar o eleitorado, certamente parece mais uma brincadeira de mau gosto.
Os nomes estrambólicos usados por candidatos a vereador em todos os municípios alagoanos são de fazer rir uma montanha. Como se eleição não fosse uma coisa séria, onde os destinos da população passam por todos aqueles que foram eleitos pelo voto popular.
A apelação é de toda a ordem. Professores, pastores, médicos, advogados, populares como vendedores, motoristas, enfim de todas as classes sociais querem um lugarzinho ao sol. Nem que para isso utilizem todas as formas possíveis para sensibilizar o eleitor.
A Justiça Eleitoral deve achar normal essa divulgação toda, ninguém sabe por que. Utilizar esses expedientes é querer fazer pouco da população. Até quando isso vai prosperar ninguém sabe. Sabe, porém, que no momento existe um sentimento de mudança nunca visto em Alagoas e no Brasil. E com certeza teremos muitas surpresas nas eleições de 7 de outubro. As pesquisas de opinião pública já demonstram que em certos setores, o guerreiro está mal ensaiando como dizem os mais velhos. E quando abrirem as urnas, o povo vai mostrar que está se acabando a velha máxima dos currais eleitorais.
Que haja mudança, sim. Mas para melhor. Para acabar com a compra de votos e o mando de velhos caciques da política alagoana.