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Aumento do TJ: Governo teme efeito dominó

Será até a próxima sexta-feira que o Governo vai oferecer, ao Tribunal de Justiça, uma proposta alternativa ao duodécimo de R$ 263 milhões, que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) diz não poder pagar e a presidente do TJ, desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, fala em dificuldades em áreas do Judiciário, se o dinheiro não for repassado.
Vilela teme que, ao dar o aumento, crie um efeito dominó. A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas estão de olho nas cifras a serem repassadas pelo chefe do Executivo ao TJ. E vão querer uma fatia maior nos duodécimos; há também a conseqüência política: aceitando pagar os R$ 263 milhões, comprometer a máquina em ano eleitoral. E o tucano é candidato à reeleição e quer dar aumento nos salários dos servidores públicos e abrir concurso.
Até o início da tarde desta quarta-feira, o Governo admite não ter uma proposta ao TJ. Só que os técnicos dos dois lados terão uma reunião hoje e outra amanhã, essa última oficialmente confirmada pelo tribunal. A espera de Vilela, isso da área técnica, é até a próxima sexta-feira. O governador segue amanhã para o interior, com agenda de inaugurações.

VERSÃO DO TJ

Ouvido pelo blog, o desembargador José Carlos Malta Marques diz que amanhã haverá uma reunião entre quatro desembargadores, nomeados para uma comissão que costura o duodécimo maior, e os técnicos do Governo. Os R$ 263 milhões serão usados para o setor de informática do tribunal (fez uma comparação: na Paraíba, este setor tem 122 pessoas; em Alagoas, sete), além dos gastos para manutenção do poder. Mostrou que a Assembleia tem um prédio e o Judiciário, 110, por isso a necessidade de aumento no duodécimo.
Falou também em concurso público. “Precisamos de no mínimo 70 juizes. O cálculo que temos hoje é para nomearmos 30 e se for menos não será ninguém”.
Negou ainda que tivesse existido confusão entre os desembargadores e o governador, na reunião de ontem, no Palácio República dos Palmares. “Ele [Vilela] é um homem civilizado, tivemos uma conversa normal”. E sobre diminuir o valor da proposta ao tribunal? “Não é impossível, mas os técnicos devem nos dizer o porquê de não poderem pagar o valor pedido”.
CASA DOS SANTOS
E o silêncio da Assembleia não é incomum: gastou, em 2009, R$ 96 milhões, segundo dados do portal Transparência incluindo R$ 12,4 milhões em outras despesas, sem especificação. Com a folha de pessoal, R$ 83,5 milhões. O TJ gastou em 2009, R$ 151,5 milhões; R$ 132,7 milhões com pessoal.
AFASTADOS
E os deputados que gastaram R$ 300 milhões em mansões, carros de luxo e na eleição de prefeitos foram surpreendidos com a informação do afastamento deles dos cargos. São os suplentes quem espalham as notícias.
DINHEIRO POUCO
Só que os deputados taturânicos estão preocupados com as eleições: a Assembleia deve bancar as campanhas eleitorais, abastecidas com dinheiro público, mas é verba pouca, menos de R$ 100 mil/mês. E eles não podem vender o patrimônio, bloqueado desde a Operação Taturana. Contam com terceiros, quartos e quintos, ou agregados. Os da bancada da pistolagem, por exemplo, recorrem a eles, os agregados, para apaziguar os sicários.
DESAPARECIDO
Procuram-se R$ 3.239.505,14, gastos pela Assembleia em 2009- sem prestação de contas.
CONTRA-CAMPANHA
Próximo torpedo: contra o deputado federal Benedito de Lira (PP). A ordem é fazê-lo desistir da disputa ao Senado. Por isso, busca-se tudo para implodi-lo. Tudo!

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