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Briga divide secretaria de Wedna Miranda

A secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Wedna Miranda, encaminha, até o final de novembro, o processo disciplinar que pede a exoneração de dois integrantes da secretaria: Elias Barros e Raudrim Lima. Eles fazem parte do quadro de comissionados da secretaria.
Elias Barros foi candidato a governador, em 2006 e era conhecido pelo discurso de ataques ao candidato João Lyra (PTB) poupando o Teotonio Vilela Filho (PSDB), também postulante a chefia do Executivo. Depois da eleição, foi premiado com um cargo no governo tucano.
Wedna acusa Barros e Raudrim de “falcatrua e bandidagem” na secretaria e é enfática: “Não vou responder pelos que os dois fizerem”.
No processo, movido pela secretária, Barros é acusado de contratar uma empresa para pintar um prédio, sem licitação; Raudrim estaraia usando, “de forma indevida”, o programa Pro-jovem, que oferece capacitação e bolsas.
“Vou encaminhar tudo a Procuradoria Geral do Estado”, avisou Miranda. “Até muros pichados fizeram contra mim, chamando de ladra, tinham”, afirmou.
A resposta da secretaria vem um dia depois que entidades representativas de gays, lésbicas, simpatizantes e transsexuais, incluindo a União Estadual dos Estudantes (UEE) emitiu uma nota, criticando “postura do Governo do Estado através da Secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos que tenta intimidar a atuação critica dos movimentos sociais em Alagoas”, diz o documento.
Uma matéria, retirada do jornal Extra, se transformou em um panfleto, distribuído na III Conferência Estadual de Direitos Humanos. Wedna Miranda pediu apuração a polícia. Em contato com o blog, um dos militantes mais expressivos do movimento Gay alagoano, Marcelo Nascimento, reclamou porque foi incluído na lista dos “acusados”, pela distribuição do material, e acabou sendo interrogado pela polícia.
“Segundo Marcelo Nascimento, fundador do GGAL e militante histórico do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), que foi interrogado pela policia judiciária na tarde de ontem, as entidades que tem se posicionado de forma critica com relação a condução da gestão de Wedna Miranda (…) tem sido notificadas pelo delegado geral de Policia para prestar “esclarecimentos” sobre um panfleto distribuído durante a III Conferência Estadual de Direitos Humanos, ocorrida no Maceió Mar Hotel em setembro passado. Essa postura antidemocrática é típica do período de regime militar, onde as lideranças dos movimentos sociais eram interrogadas e submetidas a intimidações e tortura psicológica. Temos conhecimento de lideranças do MST e outros movimentos sem terra que também estão sendo processadas e até presas de forma arbitrária”, descreveu Marcelo, em nota distribuída a imprensa.
Ouvida pelo blog, Wedna disse: “Não sei o porquê de Marcelo estar incluído nisso”.
Enquanto Wedna quer convencer o governador a exonerar Elias Barros e Raudrim Lima, os movimentos se articulam para algo maior: a derrubada da secretária.

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