Caso Fábio: PF descobre endereço secreto

A Polícia Federal entregou hoje o resultado da perícia do computador do estudante Fábio Acioly, queimado vivo. Descobriu-se uma espécie de “correio eletrônico secreto”, um endereço não conhecido pela família e que pode dar um novo rumo às investigações da PC no caso.

Por sugestão da PF, pediu-se a quebra do sigilo do correio eletrônico, o quê não pode ser feito pela polícia. Assim, as investigações vão para a segunda etapa: pedir, com autorização judicial, a quebra deste sigilo na Microsoft e no Google. O prazo para a entrega destes resultados é entre quatro e seis meses. Nas duas empresas estão concentradas todas as informações, sigilosas, sobre os contatos do estudante, mesmo que ele tivesse formatado a máquina diversas vezes, como constatado na perícia da Polícia Civil. Por estas informações, pode vir o autor intelectual do crime ou ainda se o estudante reclamava de ameaças ou teve desentendimento com outras pessoas, antes de sua morte.

Será mais uma prova pericial. Faltam ainda os cartões de crédito, para se confirmar se Fábio Acioly recebia ou não presentes, o que pode reforçar linhas de investigação.

Por enquanto, na próxima terça ou quarta-feira, será entregue o inquérito à justiça. Não terá o autor intelectual, mas os materiais. E, internamente, para conter os ânimos da “banda podre” da Polícia Civil de Alagoas, com ramificações na Assembleia Legislativa, interessada no desfecho trágico deste caso para derrubar o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, a proposta é um “reforço” na cúpula da segurança pública. Reforço este dos representantes da sociedade civil organizada.