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Caso Satuba, 2.000 assassinatos e Governo em xeque

A morte do vice-prefeito de Satuba, Célio Gomes da Silva, volta a expor diretamente o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim e seu braço direito, o delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco. Será mesmo? Talvez o maiior exposto neste episódio seja o próprio governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), sem respostas diante de mais um crime com características políticas, pelo menos é o que apontam os primeiros levantamentos da Polícia Civil alagoana.
A onda que se levantou para retirar Paulo Rubim e Barenco do cargo acabou se desfazendo ao se perceber que o maior problema da segurança pública de Alagoas não está na composição de nomes da Secretaria, mas na atuação muito a desejar das áreas sociais do Governo.
Todos esperam o "choque de gestão" da era tucana. E onde ele está? Não apareceu.
Claro, obras são anunciadas, investimentos são planejados, ordens de serviços assinadas. Mas, como entender que a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte devolva dinheiro a Brasília todos os anos por falta de cabeças pensantes para projetos em áreas específicas da Educação? Como entender que as escolas públicas de Alagoas tenham dinheiro em caixa para gastar à vontade e um ensino tão maldito quanto o ódio de Graciliano Ramos ao seu estado natal, dizendo que aqui deveria se transformar em um golfo, bem como Pernambuco?
Ou ainda como compreender que o governador aceite na secretaria-chave de qualquer gestão pessoas acusadas de desviar dinheiro público integrando seus quadros? Seriam falta de nomes o motivo?
Isso faz lembrar uma entrevista, informal, feita há dois anos por este blogueiro com o ministro da Educação, Fernando Hadad. "Há problema de dinheiro, ministro, em sua pasta?". "Dinheiro não é problema", disse, rapidamente.
E qual o reflexo de tanta benevolência com amigos tão poderosos do Governo? 2.000 corpos trucidados violentamente este ano, porque a cidadania no governo Téo Vilela – ao que parece- é concentrada apenas na busca de armas ou canhões ou pólvoras no combate ao crime. Nada de livros, nada de conhecimento, nada de nada.
Cidadania faltando não apenas na periferia, como se pode pensar, mas em todo lugar onde não se compreende ou não se encara a realidade, nos espaços onde a força de transformação é impedida de maneira amargosa por setores do Governo sem sanção para tal.
Dá para entender que nem o mais poderoso braço-direito da segurança consegue combater a falta de cidadania em Alagoas. E olha que a segurança está sob intervenção federal- e vem mostrando seus resultados e também as deficiências de outras áreas.
E por que não intervir na Educação também ou na Assistência Social? Bem, aí não podeeee.
E as coisas permanecem como estão: no marasmo.

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