Collor quer acabar com boatos sobre a eleição

Depois da agenda no interior do Estado, cumprida até ontem, o senador Fernando Collor (PTB) retorna a Alagoas nos dias 9 e 10 de junho para incrementar a campanha ao Governo do Estado. No dia 9, o presidente Lula estará em Alagoas. E Collor quer retirar "pedras", como se diz internamente, do caminho da eleição.

A primeira delas surgiu há 15 dias. E veio do Palácio República dos Palmares, mais precisamente do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Ele marcou encontro com Collor em Brasília. Quis conversar sobre o cenário político local. Desta reunião, Vilela trouxe a versão- espalhada aos tucanos: Collor quer indicar a vaga de vice de Vilela. Collor insiste, entre os mais próximos, não ter pedido nada ao chefe do Executivo.

Mas, próximos a Collor tentaram conter o estrago dos boatos sobre o encontro. Sabem que quando Vilela não se posiciona sobre o cenário, pelo menos publicamente, trata-se de uma estratégia da artilharia tucana: no silêncio, insistir que Collor quer a vaga de vice, desacreditando sua entrada na disputa até o fim de junho, prazo-chave das convenções partidárias. "Ao não falar nada, o Téo fragiliza o Collor", diz-se. Isso, claro, por não desmentir a conversa espalhada por ele mesmo, Vilela.

Ontem, o blog apurou, no Palácio, que não só a versão do pedido de Collor- para indicar a vice de Vilela- está em alta como se insiste em ligações diárias, de pessoas ligadas ao senador, como para lembrar das discussões em Brasília. Uma forma de desgaste, através da boataria, dizem os próximos ao senador.

A segunda estratégia de Collor será insistir em uma reaproximação política com o líder do PMDB, Renan Calheiros. E ainda ter o apoio dele em 2014, quando Collor deve disputar a reeleição ou eleição ao Senado.