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Comandos da PM sobrevivem com mensalão de banco

O atestado de falência da segurança pública alagoana pode ser medido através de um repasse mensal, de R$ 300,00, do Banco do Brasil para manter o funcionamento do 8º Batalhão da Polícia Militar, na cidade de Marechal Deodoro.
O ofício número 415, datado de 14 de abril de 2009 e assinado pelo então comandante do batalhão, Neilton de Albuquerque Vasconcelos, pede que o gerente do banco possa repassar este valor. A agência do BB da Barra de São Miguel também tem de repassar os R$ 300,00 para manter as atividades do batalhão.
Ouvido pelo blog, o ex-comandante e hoje coronel à espera da reserva, Neilton de Albuquerque Vasconcelos, confirmou o repasse mensal. Disse existir prestação de contas, na PM, pelo uso do dinheiro. Confirmou ainda que a verba serve para ajudar desde o conserto de pneus a compra de papel. "Se não fosse esse dinheiro, o batalhão fechava", contou. Ele contou ainda que o repasse acontece em todas as cidades onde exista uma sede do Banco do Brasil e o dinheiro tem a mesma finalidade: manter o funcionamento dos batalhões. "Isso acontece em Pilar, Rio Largo, União dos Palmares, enfim, em todo o Estado". O valor mensal é variável, de cidade para cidade.
O blog tentou contato com o Banco do Brasil de Marechal Deodoro e Barra de São Miguel. Ninguém atendeu às ligações. A agência central não tem assessoria de imprensa.
Consultado, um promotor do Ministério Público disse que o repasse é ilegal. Primeiro: se for uma doação do gerente do Banco do Brasil, ela não precisa estar registrada em cartório e assinada pelo comandante do batalhão- é o caso da documentação, com o blog; segundo: o batalhão não é gestor de dinheiro público. Se houver doação, ela deve ser feita no Comando Geral, em Maceió- o que não é o caso, conforme papéis em poder do blog.
"Isso pode ser chamado de mensalão indireto, não é dado a quem pede mas ao lugar para onde irá o dinheiro. Isso não é legal", informou o promotor.

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