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Das drogas, os olhos fechados

O blog traz o texto da presidente do Fórum de Combate às Drogas, Noélia Costa. Uma reflexão sobre os "olhos fechados" da sociedade, diante dos entorpecentes.

“Quem se informa não se droga”

Todo mundo já tem uma idéia do significado da palavra droga. Em uma linguagem médica, droga é quase sinônimo de medicamento. Dá até para pensar: porque uma palavra designada para apontar uma coisa boa (medicamento, afinal serve para curar doenças), na boca do povo tem um significado bem diferente. O termo droga teve origem na palavra droog (holandês antigo) que significa folha seca: isso porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. Atualmente, a medicina define droga como qualquer substancia capaz de modificar as funções dos organismos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamentos. Por exemplo: uma substancia faz com que as células do nosso cérebro (os chamados neurônios) fiquem mais ativas “disparem”, mais (modificam a função) e, como conseqüência a pessoa fica acordada, perdendo o sono (mudança de comportamento).
O uso indevido de drogas é uma questão que preocupa: pais, educadores, profissionais de saúde e da sociedade em geral. Uma das dificuldades encontradas para enfrentar os problemas é a falta de informações confiáveis sobre o assunto. Muitas vezes, os dados são divulgados fora do contexto, sem fundamento na realidade ou de forma distorcida, contribuindo para uma visão preconceituosa.
Controle, raiva, culpa, medo… Sentimentos confusos e dolorosos caracterizam o transtorno comportamental desenvolvido por todos aqueles que convivem e se envolvem emocionalmente com os dependentes químicos. Na dança de compasso próprio, ninguém controla essa substancia tão nociva, enquanto o outro abre mão de sua vida no comportamento alheio.
No jogo de regras sutis, um é escravo das drogas e o outro da dor e do sofrimento.
O amor que adoece daquele que se torna co-dependente, contribui muito para o desenvolvimento da dependência. Mas estamos em busca do amor saudável para salvar as famílias brasileiras.
Dizer que isso não existe é negar tudo que hoje se ver nos jornais, na TV, nos lares do Brasil e do mundo. Falar que começou hoje é uma piada de mau gosto, comentamos que hoje se vive uma epidemia do uso da cocaína como se tivesse acontecendo pela primeira vez. Mesmo nos EUA, onde, sem duvida houve uma explosão de uso nesses últimos anos. Houve fenômeno semelhante no passado.
Precisamos informar aos nossos adolescentes o perigo que a droga traz, falar que o álcool e uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central provocando mudanças de comportamento de quem consome, além de ter potencial de desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Este é um dos motivos pelos quais ele é considerado de uma forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas.
Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoolicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além de vários acidentes de transito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo do álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstância, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo.
Nosso papel, como sociedade civil, consiste em envolver e dar voz a todos os interessados.
Não podemos deixar que nossa juventude continue se acabando, levando a família ao desespero e a co-dependencia, é por este motivo que devemos promover debates, palestras, seminários e encontros, para debater o problema das drogas.
Por este e outros motivos não podemos fechar os olhos!
A missão do Fórum Permanente de Combate as Drogas, é justamente envolver todos, com amor e dedicação venceremos esta luta. Porque maior que o poder paralelo das drogas é o poder da informação correta.
Por isso que digo: “quem se informa não se droga”.
Atenciosamente Noelia Costa, Professora e Presidente do Fórum Permanente de Combate as Drogas.

DISCUSSÃO SOBRE DROGAS

O Fórum trará, no dia 25 de maio, às 19 horas, para o Teatro Gustavo Leite, Clóvis Benevites, Secretário de Políticas Públicas e Antidrogas do Estado de Minas Gerais. Ele falará do tema "As Drogas e as Políticas Públicas". A participação custa R$10 e 1 quilo de alimento, que será doado a Comunidade Jérico. O grupo de auto-ajuda "NA" Narcóticos Anônimos, o superintendente da Polícia Federal, Paulo Rubim foram convidados para uma mesa redonda. Depois do evento, haverá um sorteio de um internamento numa clinica particular de dependentes químicos.

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