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Dificuldades para unir chapão vão além de Alagoas

Se a união de integrantes do "chapão" encontra dificuldades de costura em Alagoas (estas levantadas, em primeiro lugar, pelo PT), no quadro nacional, PT e PMDB têm resistências intestinas para a união. Rendeu até apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ordem é PT e PMDB juntos sim, em 2010. Veja matéria do Estado de São Paulo:

Presidente cobra do PT e PMDB união nos Estados
Objetivo é pavimentar ampla rede de apoio em torno da candidatura da ministra da Casa Civil em 2010
Vera Rosa, Leandro Cólon e Marcelo de Moraes, BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu às direções do PT e do PMDB que enquadrem as seções estaduais dos dois partidos, com objetivo de garantir ampla rede de apoio em torno da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. O pedido de Lula foi feito durante jantar que selou a aliança entre os dois partidos, na terça-feira, no Palácio da Alvorada.
"Como vou fazer campanha em dois ou três palanques?", perguntou o presidente, anfitrião do jantar que reuniu Dilma, ministros, senadores, deputados e dirigentes petistas e peemedebistas. Lula lembrou a trajetória do PT para dizer que, muitas vezes, um partido só se consolida nacionalmente entrando em confronto com posições de diretórios estaduais, que desejam lançar candidatura própria apenas para "marcar posição".
Anunciado como "pré-compromisso" em nota de quatro itens, o noivado entre o PT e o PMDB enfrenta resistências. Nenhum dos dois partidos quer desistir de lançar chapa aos governos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Pará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio e Distrito Federal. "Nossa obsessão, agora, é unir o PT e o PMDB nesses Estados", afirmou o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "Só não vamos conversar com diretórios de São Paulo e de Pernambuco, que são oposição a Lula, e não apenas contra a aliança com Dilma."
Nem mesmo a garantia de que a legenda terá a vaga de vice na chapa petista – além da promessa de mais cargos em um eventual novo governo do PT – animou os contrários ao acordo. Presidente do PMDB de São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia disse que a aliança fechada no jantar com Lula e Dilma não passa "de jeito nenhum" pelo crivo da convenção nacional do partido, em junho.
"Michel Temer não fala pelo PMDB", reagiu Quércia, numa referência ao presidente da Câmara, cotado para vice de Dilma. "As coisas estão de tal ordem no PMDB que vamos levar para a convenção o nome do Serra e essa indicação vai disputar com a de Dilma. Fizeram uma composição precipitada, mas não têm maioria para aprovar isso na convenção", emendou Quércia, que apoia a candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Planalto.
A nota pública que expressa a parceria diz que os dois partidos compartilharão a coordenação de campanha e a elaboração do programa de governo. "Com esse escopo, PMDB e PT levarão este pré-compromisso às suas instâncias partidárias, construindo soluções conjuntas para as alianças regionais", diz o texto.
No diagnóstico do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), a articulação para compor palanques nos Estados exige "fé e perseverança". "É uma coisa de médio prazo. Não é nada para a semana que vem."
Uma intervenção do ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), provocou desconforto no jantar. Depois de Lula defender a parceria, Jobim pediu a palavra para insistir que os diretórios nacionais não deveriam intervir nos regionais, impondo candidaturas comuns sem que houvesse consenso.
Jobim fez o comentário logo que foi escancarada a divergência entre PT e PMDB no Rio Grande do Sul. Rivais históricos no Estado, os dois partidos têm as candidaturas mais fortes na corrida ao governo gaúcho. O PT com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o PMDB com o prefeito José Fogaça.
O constrangimento no jantar aumentou quando o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), lembrou o impasse em Minas, onde ele pretende concorrer ao governo contra o PT. Para evitar o mal-estar, dirigentes peemedebistas cortaram a discussão e o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima – que vai enfrentar o governador Jaques Wagner (PT) em disputa na Bahia -, fez piada. Não foi só: sempre calmo, o deputado Antonio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda, levantou um brinde à aliança para 2010.

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