Gecoc decide hoje futuro de ‘Sérgio do Ovo’

Os promotores do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) se reúnem hoje para decidir o futuro do empresário Sérgio Murillo, o "Sérgio do Ovo", preso há duas semanas, acusado na morte do vice-prefeito de Satuba, Célio Barateiro.
Sérgio está com prisão temporária decretada, mas não deve sair da prisão rápido. Há um entendimento do delegado Geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, do chefe do Ministério Público, Eduardo Tavares, juizes da 17ª Vara e Gecoc que a prisão preventiva deve ser decretada. O despacho já está pronto e foi assinado pelos magistrados da 17ª.
Os promotores e os magistrados, além da Polícia, compreendem que, mantendo Sérgio preso por mais tempo, casos de pistolagem e até desvios de recursos públicos vão sendo revelados. Por exemplo: o assassinato do mecânico José Maria Lessa, morto em 2000, e tendo como principal acusado o empresário. O motivo teria sido uma discussão, depois de uma partida de futebol e uma brincadeira. Sérgio não teria gostado e atirou no mecânico. Esse processo sumiu e foi encontrado pelo Judiciário.
Há investigações apontando que Sérgio do Ovo sabe quem são os donos de supostas empresas laranjas, que atendem a pelo menos um órgão do poder público de Satuba. Na lista, há ainda informações investigadas sobre a "guerra das polícias", o mata-mata de integrantes das corporações, e o assassinato de "Felipe Babalu", na Cambona, este crime encomendado por uma pessoa conhecida por Sérgio do Ovo.
Prosseguem as investigações em Satuba. Quem mais pode cair na "malha fina" do Gecoc?