Governador Téo Vilela espera por um milagre

O governador Teotonio Vilela e o seu secretariado parecem não ter se dado conta de que a gestão deles acaba politicamente, no mais tardar, em junho do próximo ano, com as convenções partidárias que darão o start na campanha eleitoral de 2014. Até lá, são cerca de 9 meses para que Vilela se recupere das ausências de articulação política e de comunicação durante seus seis anos e meio de governo.
Se o tempo é suficiente para fazer a sociedade conhecer a agenda positiva, acreditar nela e aprovar a gestão e o gestor, vai depender de como se trabalhará essas duas linhas de frente: política e comunicação. Até agora, Vilela tem apenas rodado feito pião em busca da excelência nessas áreas, contratando empresas especializadas de fora e ousado na nomeação de um economista para gerir a sua política de divulgação e imagem.
Por enquanto, é apenas um gesto. Sem resultados ainda, na política e na comunicação, sobretudo na gestão de sua imagem.
O que se sabe é que Vilela tem sido vaiado em alguns eventos públicos, tem recebido queixas de servidores públicos e da população com relação às ações – ou falta – delas de suas secretarias, e tem gastado boa parte de seu tempo em administrar arengas e egos na ilha que se formou o seu primeiro escalão de governo. Há quem diga que nos alvos das intrigas palacianas, a tendência é a queda do titular da Fazenda, Maurício Toledo.
Enquanto Vilela cuida das questões internas de sua equipe, deixando isolado um vice-governador insatisfeito (José Thomaz Nonô), e desnorteado um grupo político com sua indecisão de sair ou não candidato ao Senado no ano que vem, fora do palácio seus adversários como Collor e Ronaldo Lessa se articulam, tendo no alvo a agenda negativa de governo e a rejeição do governador na sociedade.
Pode ser que Vilela aguarde um milagre. Enquanto isso não acontece, por parte de sua comunicação e de sua articulação política, sua imagem continua fragilizada e seu governo um poço de lamentações com a lerdeza burocrática, reformas de fachada, segurança de balela e uma educação e uma saúde deficientes para todos, quem faz e quem precisa dessas áreas.