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Guerra interna divide Governo e deputados na ALE

Uma guerra interna divide os deputados da base governista e os inquilinos do Palácio República dos Palmares. Isso porque o Orçamento deste ano, com previsão de ser votado na próxima quarta-feira na Assembléia Legislativa de Alagoas, tem um ponto de discórdia: a margem de remanejamento de recursos em áreas do Executivo.
Esta margem é considerada um limite: tantos por cento do Orçamento podem ser movimentados de uma secretaria para outra, sem autorização da Assembléia. Acima disso, só com aprovação dos deputados.
Em setembro do ano passado, a Assembléia aprovou uma margem que saía dos 5% para 15%. Como o ano acabou, essa margem "zera", ou seja, os deputados devem definir, até quarta-feira, de quanto será este novo percentual.
Há a idéia do Governo: 30%; os deputados querem 10%. Jeferson Morais (DEM) diz o porquê: "Se aprovarmos 30%, é injusto. Então, o governo não vai mais precisar da Assembléia. Vai governar sozinho", explicou.
O que torna o problema maior- desta vez- é que os independentes ou ‘suplentes’ se rebelaram: querem 10%, como defende a oposição, ou seja, os deputados Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, e Judson Cabral, ambos do PT.
Assim, o Governo, agora com menos votos, manobra para negociar as emendas dos parlamentares para aprovar o Orçamento e deixar a margem de 30% passar pelo buraco da agulha.
Mas, há parlamentares que não apresentaram emendas, como é o caso de Morais. "Não adianta eu prometer uma emenda para uma comunidade e o Governo decidir depois, por algum motivo, que não vai pagar".

A crise continua

Uma das soluções: na próxima quarta-feira, Morais vai apresentar, em plenário, um projeto para que o Governo tenha a obrigação cartorial de colocar em prática todas as emendas aprovadas pela Assembléia. É o "Orçamento Impositivo".
O projeto original é de iniciativa do vereador de Maceió, Galba Novaes (PR), mas não foi aprovado pela Câmara de Vereadores da capital.
E se for aprovado pela Assembléia, pode gerar uma crise de confiança. Na prática, o Orçamento deixaria de ser uma "peça de ficção" para virar um documento, com punições para promessas não cumpridas. O alvo disso tudo? o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

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