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Julgamento do Judiciário para 2 magistrados

As denúncias contra dois desembargadores de Alagoas, que estariam transformando o Poder Judiciário em uma central do crime organizado, merecem uma apuração rigorosa do próprio Tribunal de Justiça. Talvez, neste momento em que o Conselho Nacional de Justiça faz uma varredura em todos os cartórios do Estado (começando pelos gabinetes dos desembargadores) e passando pela "ficha" de magistrados, existem dois personagens para tentar recuperar a imagem destroçada do Poder: a presidente, Elisabeth Carvalho do Nascimento, e o corregedor, José Malta Marques.
A apuração das denúncias, de integrantes do Movimento Social de Combate à Corrupção (MSCC) pode viabilizar ou não a gestão Elisabeth/Malta. Só depois da passagem do CNJ por estas bandas, será possível avaliar o quê restará a Elisabeth/Malta para reconstrução. A partir de agora, é como se ambos observassem um cenário pós-guerra, com todos os conceitos do Judiciário varridos. Sobraram as cinzas, agora nas mãos dos dois, para reiniciar a história.
Por que tudo isso? Em pouco tempo de gestão, a presidente e o corregedor tiveram de ouvir, do CNJ, que o Judiciário de Alagoas é o mais lerdo do País; que existe um desembargador citado em gravações da Polícia Federal negociando cargos na Assembleia; um outro que ajudou a comprar votos em Piranhas, nas eleições; e agora uma radiografia (com resultados imprevisíveis, e a julgar pelos depoimentos na tarde desta terça-feira, na audiência do CNJ, o relatório sobre Alagoas- dos processos aos juizes- promete ser escandaloso).
Uma prova e tanto para Elisabeth/Malta. O clamor das ruas, talvez em poucas vezes, chegou aos ouvidos e aos gravadores do CNJ. Farão a diferença na hora do "julgamento" do TJ de Alagoas, via conselho. O que virá depois? Essa será a diferença na ação de mais fiscalização e mais cobrança da presidente e do corregedor. Afinal, todo o esforço de ambos e as amplas ações de modernização e agilização do Judiciário- já implementadas por eles- ainda serão vistas como quase nada diante da sociedade alagoana. Há tempos ela deixou de acreditar na Justiça. Os depoimentos ao CNJ mostram isso.
Até que ponto os escândalos podem interferir nos trabalhos do TJ? E como a crise será administrada pelos dois comandantes do navio chamado Tribunal de Justiça? O tempo dará as respostas. E ele será decisivo para ambos.
São as páginas da História que a Assembleia Legislativa não quer virar: pelo corporativismo, tenta salvar deputados estaduais acusados de corrupção. Amordaçada, a Assembleia administrada por Fernando Toledo entra para os anais como a mais omissa, dos últimos anos, e a mais hercúlea, na defesa dos crimes de colarinho branco.

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