Lagoa Mundaú é a nova rota do tráfico em Alagoas

A lagoa Mundaú não é conhecida apenas pelo sururu, o prato que incrementa a culinária alagoana. Virou rota das drogas, em especial o crack. Esse novo “mapa” é conhecido pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), o prefeito Cícero Almeida (PP) e a Polícia Federal. Os três lados não têm condições de fiscalizar esta rota. Um assunto estranho.
No Bom Parto, a droga entra através da lagoa, para abastecer a parte baixa de Maceió. Há quem fale em horários específicos para a distribuição. Em Satuba e Santa Luzia do Norte, banhados pela mesma lagoa, o crack também tem como estrada as águas, como na Amazônia, onde a rota ilegal da madeira contrabandeada tem passagem pelos rios.
Diferente da Amazônia, uma área de 6,5 milhões de metros quadrados, abrangendo nove países da América do Sul, a lagoa Mundaú é menos exigente: 23 quilômetros quadrados.
A princípio, existiria uma justificativa para a não fiscalização: a falta de pessoal. Mas, também a princípio, não houve uma ideia comum: os três lados unidos no combate à nova rota ilegal do abastecimento de droga em Maceió, Satuba e Santa Luzia do Norte.