Maceió pode ser reabilitada amanhã, com ressalvas

A comissão bipartite, formada por representantes dos governos estadual e municipais, decide amanhã, às dez da manhã, na Secretaria Estadual de Assistência Social, se Maceió será ou não reabilitada em todos os programas federais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Mas, não há consenso sobre o assunto.
O Conselho Municipal de Assistência Social não terá voto, porém voz: os conselheiros da comisão bipartite vão analisar documentos e dados sobre a reabilitação.
Só que os conselheiros de Assistência Social estão no canto da parede: resconhecem, por exemplo, avanços na reestruturação dos programas federais, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET) e o Centros de Assistência Social (Cras), e acreditam que Maceió tem sim capacidade de gerir diretamente os recursos federais para a Assistência Social, diferente do ano passado quando o pior- a desabilitação- aconteceu.
Aí é o ponto chave: falta muito para o ideal ser alcançado e os programas ainda continuam em frangalhos, ou seja, ruim com eles, pior sem eles. Pouco mudou.
Porém, integrantes do Conselho, ouvidos pelo blog, vêem a reabilitação como um "mal necessário". Se Maceió não for reabilitada agora, a área pode entrar em colapso e o prefeito Cícero Almeida (PP) pode simplesmente responsabilizar o Governo Federal. O que não é verdade, diga-se de passagem.
A habilitação, a ser decidida amanhã, é uma avaliação da capacidade de gestão. A contra-gosto, o Conselho dirá que a capital pode gerir sozinha o dinheiro federal, sem precisar da ajuda do Estado. E pode desabilitada a qualquer momento, se o prefeito Cícero Almeida assim o quiser. Basta não prestar contas – de novo- do dinheiro federal encaminhado ao município.