Mesmo cassados, prefeito e vice continuam no cargo

Depois de cassados pela Justiça, o prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino (PTB), e o vice, José Aristides Neto, deverão enfrentar novos e grandes problemas. Há um farto material encaminhado ao Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), pedindo uma varredura no vazamento excessivo de dinheiro para coisa alguma. Um caso que intriga o Ministério Público.
Apesar de cassados, os dois continuam à frente da Prefeitura. Isso porque o cartório da cidade ainda não sabe como deve proceder: afastar ou esperar o trânsito da ação. O caso deve ser enviado a Corregedoria do TRE.
O pedido de afastamento é do Ministério Público e se baseia na movimentação financeira do prefeito, como cheques, que contou com laranjas para lastrear o esquema de desvio de dinheiro público. Na lista, a primeira dama e um professor. A primeira dama tinha salário de R$ 5.000. Campo Grande tem 50% de pobres e uma população de pouco mais de nove mil habitantes.
O prefeito Arnaldo Higino nega as acusações e contratou advogado para entrar com ação para reverter a decisão. Ele responde a uma outra ação: desvio de água de três povoados para um parque de vaquejada.