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Mesmo com Collor, Lessa disputará o Governo

“Pode vir o João, o Manoel, o Benedito. Não deixarei de ser candidato ao Governo”. As declarações, em tom bélico, são do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), logo depois que o senador Fernando Collor (PTB) admitiu que disputará o Governo do Estado e na próxima terça-feira conversará com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, também presidente nacional do PDT, para demover Lessa da concorrência e ser ele, Collor, o chefe do palanque da presidenciável Dilma Rousseff em Alagoas.
Aliás, Lessa disse ao blog que qualquer acordo, qualquer mesmo, está fora de cogitação. Leia-se o ex-governador ser deputado federal, hipótese a surgir dos restos do chapão, agora um mirrado guarda chuva partidário deteriorado pelas disputas internas.
Prevalecendo a imprevisibilidade de Lessa- retirado da disputa ao Senado em janeiro, a pedido do presidente Lula, favorecendo a reeleição do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros- o quadro deverá ter Collor, Lessa e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), buscando a reeleição.
Até que ponto será mantida a posição de Lessa? Não é fácil a situação do ex-governador, cuja eleição será a oportunidade de conseguir uma blindagem- neste caso, a imunidade parlamentar. O ex-mandatário do Estado responde a ações na Justiça, incluindo um pedido de prisão contra ele, do desembargador Orlando Manso. A saída para deputado federal poderá ser uma alternativa, mas Collor mandou sinais: disputa o Governo com ou sem Lessa no páreo. Avisos bélicos, também, do senador.
Curiosidades
A campanha deste ano deverá ser curiosa, afinal, os três caciques tiveram passagem- cada qual a seu modo- pelo Governo de Alagoas. Campanha também recheada de assuntos-tabus, a estarem fora dos horários eleitorais. O blog lembra de alguns.
O acordo dos usineiros, que isentou o pagamento de ICMS do setor que é o lastro econômico do Estado há 350 anos. Em 2001, o Tribunal de Justiça de Alagoas anulou este acordo.
Os dois acordos das Letras Financeiras do Tesouro Estadual, operação considerada fraudulenta pela Justiça e tão ou mais fraudulento foi o destino do dinheiro, com o crescimento da dívida pública de R$ 500 milhões para R$ 7 bilhões, em menos de dez anos. Em raríssimos casos parte desta verba ajudou a azeitar a máquina pública, travada pela crise econômica e o descrédito dos cofres estaduais.
E os empréstimos retirados para azeitar a máquina pública, com verba a ser despejada em estradas ou reformas de delegacias?
Em comum entre estes três assuntos (ou operações), tão incômodo a quem disputa hoje o Governo, está o silêncio direto dos grupos políticos partícipes destas grandes transações, invariavelmente promessas milagrosas de algo melhor em algum ponto do futuro. Hoje, direta ou indiretamente, com responsáveis pela dilapidação da Viúva sem responder a nada. Apenas o silêncio da falência estatal.

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