Na dança das cadeiras…

Entra ano, sai ano, começa e termina campeonatos e o que vemos é a dança das cadeiras, ou melhor, dança dos técnicos.

A cada rodada que assistimos se encerrar, presenciamos a queda de mais um treinador, seja nas séries A, B, C ou D. Recentemente vimos a queda de treinadores de peso, como Muricy Ramalho e Wanderley Luxemburgo, que apesar de serem excepcionais treinadores, vencedores com São Paulo e Palmeiras, caíram com a falta de resultados positivos.

Pois é, até eles caíram, e assim vai ser por tempo indeterminado por causa da nossa cultura de resultados. Um treinador precisa de tempo para conhecer, para ter o time nas mãos, e colocar em prática o melhor esquema possível, mas muitas vezes tem sua cabeça colocada na bandeja, por conta dos resultados que não foram esperados.

Posso dizer sim, que a posição de treinador é também injusta. Quando o time ganha os jogadores são as estrelas, quando perde, o treinador falhou. Muitas vezes o treinador fica a mercer de alguns jogadores “mercenários” que só pensam em ganhar dinheiro, e até boicotam os técnicos.

E nessa posição tão injusta, que sobrevive é um herói. Muricy Ramalho por exemplo caiu após três anos no comando do São Paulo, vencedor, mais caiu. E aqui no nosso estado que não foge a regra, mas tem sua exceção. José Luiz Mauro, o Vica, técnico do ASA, completou um ano no comando da equipe, e não faltam motivos para comemorar. Ótimas campanhas desde o ano passado, campeão estadual, boa campanha na copa do Brasil, e líder isolado em seu grupo na série C.

É difícil encontrar quem dure, mas procurando a gente acha, e juntamente com o ASA, Vica é um vencedor.

Parabéns a todos os sobreviventes dessa dança das cadeiras, e ao Vica também.

Por enquanto é só. Vale a pena continuar acompanhando e torcendo!!!

Paulo Chancey Junior

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