No horário eleitoral, a busca dos padrinhos

Parecia um roteiro previsto: o início do horário eleitoral gratuito não trará grandes surpresas na votação. O deputado estadual Arthur Lira (PP), por exemplo, cola na imagem do pai, Benedito de Lira (PP), candidato ao Senado. Arthur tenta uma vaga a federal.
Célia Rocha e Ada Mello pregam seus nomes ao senador Fernando Collor (PTB). Destoam dos discursos bélicos de Collor e de seu entorno de figuras conhecidas, como os deputados estaduais João Beltrão (PRTB) e Cícero Ferro (PMN).
Alexandre Toledo, ex-prefeito de Penedo, prende-se a experiência na Secretaria de Agricultura, na era Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Nos discursos, domina a segurança pública. Ou a sensação de insegurança. Mas, os candidatos tratam o assunto com uma incômoda ignorância, resgatando o belicismo, como se fossem alienígenas da História.
Caminho longo até às eleições.
Esqueceram o site
Nenhum candidato alagoano se inscreveu, até ontem, no site Ficha Limpa, que permitiria ao postulante ao cargo público uma prestação semanal de suas contas aos eleitores.
Nem os candidatos ao Governo, que este ano usam e abusam das ferramentas sociais da internet, prestaram a devida atenção ao site que dá nome a lei de iniciativa popular, juntando mais de um milhão de assiinaturas e votada na Câmara, Senado e sancionada pela Presidência da República.
Até ontem, 37 candidatos estavam inscritos. Sem alagoanos.