O foxtrote da Assembleia

Na falta de representantes na Assembleia Legislativa a falar sobre a crise na Saúde, a vereadora Heloisa Helena (PSOL) é a única- até agora- a discursar (e discordar) do cortes de 20% no custeio da secretaria. Efeitos da crise mundial. Isso, em si, representa uma outra crise: a de moralidade no poder legislativo estadual, mergulhado no "fundo do poço", palavras do deputado Rui Palmeira (PR).
Afinal, como cobrar o fim de algo como a crise, uma das essências do parlamento? Depois da crise "Taturana" vem a do "INSS". Trocou-se a Mesa Diretora para não trocar nada.
É aquela marchinha, dos tempos do Império, dizendo que "quem rouba muito é barão, quem rouba pouco é ladrão". Viva, a marchinha, no meio dos R$ 300 milhões esbaldados em mansões, apartamentos, fazendas dos reis do agreste ou do sertão nas Alagoas.
Nada precisa de explicação. É o discurso do "bem comum", da "República" das "necessidades do parlamento"…

E EM MATRIZ…

O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) não gostou da recepção, há duas semanas, em Matriz de Camaragibe, durante entrega de ambulâncias. Vilela passeava pelas ruas, mas as pessoas apontavam os polegares para baixo. Era um gesto estranho, mas percebeu-se que eram direcionados para a prefeita Doda Cavalcante e o prefeito Cícero Cavalcante.
Vilela não quis mais caminhar ao lado da dupla Cavalcante. Foi embora, sem almoço nem lanche, horas depois.