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Oposição: Governo entregou cheque em branco a ALE

A oposição, na Assembleia Legislativa, diz que o Governo entregou um "cheque em branco" a Casa de Tavares Bastos: quer aumentar de 15% para 30% a margem de remanejamento entre secretarias ou órgãos da administração indireta. Mas, tenta incluir na proposta a retirada dos juros ou custos da operação para "congelar" a influência dos deputados em ano eleitoral.
Os cálculos são do deputado Judson Cabral: com os 30%, o Executivo fica com uma margem para mexer- sem pedir permissão da Assembleia- em R$ 1,7 bilhão. Só que no cálculo, o Governo excluiu os encargos financeiros, a folha de pagamento e os precatórios. Assim, o que era 30% passa a ser 60%. E o que era R$ 1,7 bilhão vira R$ R$ 3,4 bilhões. É como se as peças do xadrez ficassem unicamente nas mãos do Governo, para mexer no Tesouro. Cabral propôs uma emenda para neutralizar o veneno: diminui de 15% para 10% esta margem de remanejamento.
GOVERNO APOSTA EM ORÇAMENTO DE R$ 3,85 BILHÕES
Os técnicos do Governo não endossam o argumento de Judson Cabral. Dizem sim que há relatórios na mesa do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) aconselhando o chefe do Executivo a negar qualquer proposta de aumento no duodécimo da Assembleia. Um não redondo, acompanhando de um zero elíptico, redundante.
Segundo um deles, ouvido pelo blog, na sexta-feira, "o Governo já raspou o tacho". Por isso, serão acatadas as emendas parlamentares para "esfriar" os ânimos entre os deputados, que esquecem o reajuste no duodécimo, terão seus currais eleitorais avultados de dinheiro no interior do Estado com as emendas para praças ou ruas e o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos trabalhadores da Assembleia- argumento para aumentar o despejo de dinheiro nas arcas legislativas- será cumprido, com o duodécimo congelado.
O técnico disse ao blog que existe uma razão de ser para os "nãos" sucessivos a Assembleia: o Orçamento para este ano da uma previsão de R$ 5,7 bilhões, mas isso não é real porque depende da arrecadação do Estado e das emendas parlamentares da União (quase sempre retidas). Por ser oscilante, o governador deve contar com R$ 3,85 bilhões, na realidade ("dinheiro praticamente certo", disse o técnico).
PCC GERA IMPACTO DE 20% NA FOLHA DA ASSEMBLEIA
E nem os trabalhadores acreditam que a Assembleia não tenha dinheiro para pagar o PCC, principal argumento dos deputados para defender mais dinheiro a Casa de Tavares Bastos em coincidente ano eleitoral. O impacto do plano de servidores, diz o Sindicato dos Trabalhadores da Assembleia, é de 20% na folha de pagamento de R$ 4,4 milhões/mês. E por mês, a Assembleia recebe, do Executivo, R$ 9,45 milhões. Sobram R$ 5,05 milhões/mês, verba sem prestação de contas, escondida, enterrada, mal aplicada.
Com os trabalhadores da Assembleia, a Mesa Diretora tem uma dívida de R$ 27 milhões. Por que não paga? Por falta de dinheiro.
TIN-TIN
Ingredientes da festa de casamento da filha do presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), no sábado, em Marechal Deodoro: fotógrafo da CARAS, comida de fora, vestido de noiva luxuoso, grupo musical tocando em um barco na lagoa Manguaba, o governador e deputados. No beija mão, um pedido: mais dinheiro para a Assembleia.

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