Panamericano: quem está falando a verdade?

Esta história do Banco PanAmericano parece que está mal contada e é preciso esclarecer tudo muito direitinho, principalmente pelas denúncias de envolvimento daquela instituição de crédito com a campanha tucana em Alagoas.
Outra vez o jornal Folha de São Paulo volta a tocar no assunto e o que é mais grave, aponta uma produtora de vídeo aqui em Alagoas e uma gráfica de São Paulo de receberem 954 mil reais durante a campanha eleitoral do governador Teotônio Vilela.
Enquanto uns negam, a exemplo do governo e das empresas citadas, com indignação até, a Folha de São Paulo insiste e diz ter tido acesso a um relatório de auditoria interna do Banco, em que também aparece o repasse de 754 mil reais para uma empresa chamada Sorimpress Comércio de Produtos Gráficos, que também é citada como fornecedora da campanha de reeleição do governador. Alvo de outra investigação da Polícia Federal pela suspeita de ser uma empresa de fachada, cuja sede é um prédio inacabado e vazio, em Soracaba, em São Paulo, a Sorimpress anda enrolada com as denúncias.
Mais grave ainda é que chega a informação de que uma das fornecedoras da campanha tucana, a produtora de vídeo VTK, teria recebido 200 mil reais da negociação e que tem como sócio Kleyner Gomes, que vem a ser o filho do chefe do escritório de Representação do estado de Alagoas, em Brasília, José de Melo Gomes.
Assim como em outras oportunidades, o nome do secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes volta a ser citado como personagem central da negociação em mensagens eletrônicas trocadas entre executivos da cúpula do Banco, como diz a reportagem, mas o governo nega e diz até que a notícia é requentada. Requentada ou não, Alagoas desfila outra vez no noticiário nacional.
O que se pergunta, agora, é quem está realmente com a verdade? Somente com o aprofundamento das investigações pela Polícia Federal é que se saberá se realmente todas essas negociações existiram. Enquanto isso, Alagoas fica novamente na mídia nacional de uma forma bastante incômoda.