Permanência de Otávio no governo é questão de dias

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Luis Otávio Gomes deve mesmo deixar o governo agora no mês de dezembro, o que já deveria ter feito para não sofrer constrangimentos nem deixar a administração e o governador Téo Vilela de saia justa.
O caso do Banco Panamericano que nunca foi devidamente explicado, não é uma situação somente de Luiz Otávio. Nele também está envolvido o secretário de Fazenda Maurício Toledo por onde a operação foi concluída sobre o empréstimo consignado e consequentemente o governo como um todo, além do PSDB.
Já dizíamos em comentários anteriores, que o governo deveria ter se pronunciado e esclarecido os pontos obscuros há muito tempo, o que teria colocado uma pedra sobre o assunto. Ninguém sabe, entretanto, de quem foi a opinião brilhante, se é que foi brilhante, de desconversar sobre o assunto que ganhou a mídia nacional. O governador Téo Vilela em todas as solenidades públicas em que aparece sempre é questionado sobre as denúncias da Folha de São Paulo. E tem ficado irritado com os jornalistas, o que não é lá muito bom. Se tivesse convocado uma entrevista coletiva e colocado os pontos nos iss, dizendo tudo como aconteceu tim-tim por tim-tim, evitaria vexames, constrangimentos e tiraria do fogo cruzado o seu mais importante secretário de estado. Como preferiu ficar calado, está recebendo os bombardeios.
A amigos íntimos, o secretário Luis Otávio, que realizou um grande trabalho para fomentar emprego e renda para os alagoanos atraindo empresas para se instalarem em Alagoas, já tinha confidenciado e recebido sugestões de que era hora de largar o governo. Téo Vilela insistiu, Otávio concordou e agora não tem outra saída a não ser voltar à iniciativa privada.
Tudo isso teria sido evitado se o assunto fosse tratado com transparência. Mas, em todo o caso, fica a lição. Ainda é tempo de se esclarecer tudo e colocar um ponto final na história.