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PF: Índios estão por trás de roubos e tráfico

O tráfico de drogas, armas e o envolvimento de índios em roubos de cargas no interior de Alagoas estão por trás das investigações da Operação Abaçaí, na tribo Xucuru Kariri, em Palmeira dos Índios. Até ontem, dois índios fora presos, mas o chefe da quadrilha, Dorgival Ricardo da Silva, filho do cacique da tribo, Antônio Ricardo, estava foragido.
Homens da PF e do Exército procuram Dorgival na mata Anun, entre Palmeira e o estado de Pernambuco.
De acordo com as investigações conduzidas pela 8ª Vara, do Ministério Público Federal de Arapiraca, e da 4ª Vara Penal de Palmeira dos Índios, Dorgival é acusado de matar o índio José Cícero Ramos, conhecido como “Fio”, em outubro de 2008, além de ferir o pai de “Fio”. Itamariano e José Élcio, irmãos de Dorgival, também são acusados pelo crime, mas o caso é considerado pela PF como “o início de uma investigação maior”.
Isso porque a PF sabe de uma briga, envolvendo a administração dos recursos da Fundação Nacional do Índio (Funai), que divide os xucurus em dois lados: as famílias Ricardo e Macário. A disputa pelo poder na tribo também significa o controle de operações ilícitas na região. Hoje, a tribo é comandada pelos Ricardo.
Tanto as varas de Palmeira quanto Arapiraca têm conhecimento também de outros homicídios, supostamente praticados pelo filho do cacique. Na operação de ontem, os federais queriam descobrir onde Dorgival escondia um arsenal de armas, possivelmente usadas para dar apoio ao tráfico e a supostas ações de roubos de cargas. Os federais, com apoio do Exército, procuravam o armamento no Ouricuri, um lugar tido como sagrado pelos xucurus, localizado na fazenda Canto, onde está a reserva dos índios. Uma outra tribo, também no interior de Alagoas, é investigada com as mesmas denúncias: tráfico de armas, drogas e participação em assaltos a caminhões e carretas com cargas.
O delegado Políbio Rocha chefiou a operação, que teve 80 homens, entre agentes federais e soldados do Exército, cedidos pela 10ª Companhia de Engenharia de Combate, da cidade de São Bento do Uma, em Pernambuco. Na operação, foram cumpridos dois dos três mandados de prisão e os oito mandados de busca e apreensão, todos na tribo Xucuru.
Informações extraoficiais davam conta que mais duas pessoas teriam sido
presas, uma delas por porte ilegal de arma. Seria uma espingarda. Materiais
foram apreendidos pela operação, como uma arma (calibre não revelado) e
munições, além de caixas.
Informações dão conta que a operação não está ligada ao processo de desapropriação de terras, aprovado pela Funai, ano passado. Nas terras dos índios, existem políticos com ramificações na Assembleia Legislativa e até um conselheiro do Tribunal de Contas. Isso estaria acirrando os conflitos entre índios e brancos.

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